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Je ne suis pas Charlie

Charlie Hebdo pinta vítimas do furacão no Texas como nazistas afogados sob o título “Deus existe”

O pasquim marxista Charlie Hebdo desenhou as vítimas do furacão Harvey no Texas como "neonazistas", cuja morte provaria a existência de Deus.

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Charlie Hebdo pinta vítimas do furacão Harvey no Texass como neonazistas.

O pasquim marxista Charlie Hebdo, famoso pelo atentado de muçulmanos jihadistas que mataram 12 pessoas e feriram outras 11 por vingança às suas críticas ao islamismo, desenhou em sua última capa as vítimas do furacão Harvey, no Texas, como nazistas afogados, sob o título sardônico “Deus existe – Ele afogou todos os neonazistas do Texas”.

O furacão tropical Harvey já deixou 38 vítimas fatais no Texas, o estado que é considerado um paradigma do American way of life. Apesar de milhares de carros deixarem o estado com o anúncio da tempestade, uma fila incrível de caminhonetes se dirigiu ao estado, além de filas intermináveis de voluntários para ajudar as vítimas do tornado. Exatamente o American way of life que o Charlie Hebdo denuncia como “neonazismo”.

Dono de caminhonete se une a caminhões de ajuda no Texas

Fonte: http://news.pickuptrucks.com/2017/08/pickup-owners-join-texas-rescue-efforts.html

Fila de voluntários em Houston, Texas

Fila de voluntários em Houston, Texas.

O Charlie Hebdo possuía uma média de 4 a 5 páginas criticando a religião cristã para cada uma com alguma crítica ao islamismo. Ainda assim, tratava as duas religiões como equivalentes (amassadas no epíteto “religiões”), mesmo só uma delas tendo cometido atentados contra a sua sede e matando 12 membros de seu staff.

A Notre Dame, por sinal, soou seus sinos em homenagem às vítimas do atentado jihadista, mesmo sendo constantemente atacada pelo pasquim – uma de suas capas de pouco antes dos islâmicos invadirem seu QG foi mostrando o nascimento de Jesus de maneira, digamos, eroticamente explícita pela Virgem Maria. Ao invés de entender uma mensagem óbvia de perdão e de aceitação, a edição seguinte do Charlie Hebdo, aquela famosa com Maomé chorando com o cartaz “Je suis Charlie”, caçoava e dizia que seu objetivo foi sempre destruir a Igreja Católica.

O cartunista Charb, em um “livro” escrito pouco antes de sua imolação pela jihad, diz que os “fascistas” (ou seja, os não-marxistas) não são contra os islamismo, mas contra pessoas de pele escura. O jornal continuaria defendendo a política de imigração da União Européia que causou a hégira na França. Idéias, afinal, têm conseqüências.

A confusão amalucada do Charlie Hebdo tem causa no coletivismo, o que o marxismo chama de “pensamento classista”: não analisa seres humanos, valores e virtudes, ações e reações, mas sim classes sociais ou demais coletivos modernos (aqueles imbuídos em palavras como “patriarcado”, “preconceito”, “homofobia” ou “feminismo”).

Para os cartunistas marxistas, quem repudia o islamismo é racista. Todo texano é nazista (deve ser a única publicação no mundo a “comemorar” um furacão). Todo cristão é assassino. E por aí vai. Não é preciso explicar como um pensamento desta jaez cria as análises mais burras que existem no mundo (Charb se contradiz na média de 3 vezes a cada frase em seu livro).

Mesmo levando seu, digamos, “argumento” a sério, o furacão Harvey causou estragos terríveis em Houston, que é uma cidade com prefeito Democrata e que votou majoritariamente em Hillary Clinton. O mesmo pode ser dito do Harris County inteiro, que está com uma inundação terrível. Mas tudo é motivo para piada e comemoração pelo Charlie Hebdo.

De fato, o Charlie Hebdo representa à perfeição o que significa o pensamento esquerdista e marxista.

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Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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