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Funcionária trans é orientada a usar o banheiro de deficientes e põe empresa no pau

Uma funcionária trans se sentiu humilhada por ter seu sexo perguntado e ser orientada a usar o banheiro de deficientes e pôs a empresa inclusiva no pau.

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Funcionária trans é recomendada a usar banheiro trans e põe empresa no pau.

Uma funcionária trans da multinacional francesa Teleperformance foi demitida por justa causa por abandono de emprego, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, condenou a empresa a pagar R$ 20 mil a título de indenização por ter sido alvo de piadas após trocar de sexo e, segundo o Estadão, “chegou a ser” (!) orientada (!!) a utilizar o banheiro de deficientes.

Repetindo: R$ 20 mil. Por ter sido alvo. De piadas. Após. Trocar. De sexo.

De acordo com a testemunha da funcionária trans, superiores hierárquicos “costumavam chamar a autora na mesa para fazer piadinhas, indagando se a autora era homem ou mulher”. Ainda, de acordo com relatos, a supervisora determinou que a empregada fizesse uso do banheiro de deficientes. “Não deixavam que ela utilizasse o banheiro dos homens ou das mulheres”.

Não soa muito lógico considerar que a pergunta “Você é homem ou mulher?” é uma “piadinha”, e depois de uma resposta pouco clara para quem já possuiu um pau, reclamar de ser orientada a utilizar o banheiro de deficientes, um banheiro “genérico” (como o banheiro de bebês que existe em alguns restaurantes). A reclamação da funcionária trans é que o banheiro não possuía chave.

Outra reclamação também não parece lidar com os princípios da lógica elementar e das aulas de Biologia sobre XX e XY: “Também pelo fato mencionado não é selecionado em processo seletivo para ser promovido, pois é informado que deverá utilizar apenas roupas masculinas”, consta nos autos. Não há muito choro sobre leite derramado se toda empresa possui um código de vestimenta para todos.

Uma das desembargadoras do Tribunal afirmou na sentença: “Foge à lógica do razoável admitir-se que qualquer trabalhador seja submetido ao tipo de tratamento dispensado ao reclamante, conforme apurou-se através da instrução processual, constantemente humilhado por seus superiores hierárquicos”.

Talvez a funcionária trans também não goste do trecho onde é definida como “constantemente humilhado“, o que é justamente uma amostra de que a “lógica do razoável” tem realmente dificuldade em lidar com a artificialidade de quem queira reformular a realidade segundo o seu sentimento. (em outro trecho, a desembargadora também escreve: “restou suficientemente comprovado que a autor (sic) foi vítima de ofensas injustificadas…”

Mesmo o abandono de emprego foi descartado, pois a empregada trans estava ocupada processando a empresa.

Tal como o episódio de South Park The Cissy, em que Cartman passa a se considerar transginger (sic) para obter um banheiro só seu e não pegar fila no banheiro masculino, a questão dos banheiros começa a ser tratada com multas pesadas na vida real no Brasil.

Resta saber se todas as empresas deverão criar um banheiro exclusivo para cada um de seus empregados trans – e note-se que se fala aqui de empresas inclusivas, que queiram empregados trans. Ou então, os trans que quiserem usar o banheiro feminino mesmo não sendo XX, colocando todas as mulheres presentes em situação vexatória, vão botar as empresas no pau.

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Assuntos:
Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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