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Margem de erro

Minas: Ibope e Datafolha “confundem” primeiro lugar com terceiro, e a “favorita” Dilma fica em quarto

Romeu Zuma, do NOVO, que teve 42,9% dos votos, aparecia apenas em terceiro no Ibope e no Datafolha. Já Dilma Rousseff, a "favorita" ao Senado, estava na verdade em quarto lugar

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Romeu Zema, Fernando Pimentel, Antonio Anastasia

Se a situação do Ibope e Datafolha foi um fracasso nas últimas eleições e uma miséria moral no RJ, onde os institutos erraram suas “previsões” por 24 e 31 pontos (sic), em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, os institutos de pesquisa conseguiram uma outra bizarrice difícil de explicar.

Na véspera do pleito, tanto Ibope quanto Datafolha advogavam que o favorito para o governo era Antonio Anastasia. No Ibope, o tucano contava com simplesmente 42% das intenções de voto – número o suficiente para se pleitear uma vitória no primeiro turno. Em segundo vinha o petista Fernando Pimentel, com 25%. O empresário Romeu Zema, do NOVO, estreante na política, vinha em curva ascendente empatado tecnicamente em terceiro lugar, com 23%.

Os números do Datafolha não estavam muito melhores: Anastasia com 40%, Pimentel com 29% e Zema com 24%, sem chance de ir ao segundo turno. Ambas as pesquisas foram divulgadas na véspera.

Já na vida real, quem estava com 40%, ou melhor, com 42,9% era Romeu Zema, que Datafolha e Ibope consideravam em terceiro lugar (o Datafolha até sem chance de chegar ao segundo turno). Anastasia teve apenas 29% do eleitorado, e o petista Fernando Pimentel nem chegou ao segundo turno.

Zema surfou no tsunami do efeito Bolsonaro, sendo o único candidato do partido a ir contra a cúpula do partido e declarar apoio a Bolsonaro de cara. Disparou para cima. Mas, tal como no Rio de Janeiro, é na melhor das hipóteses ridículo falar em pesquisa com 2 pontos percentuais de “margem de erro” que simplesmente invertem resultado na casa das dezenas na véspera das eleições.

Se a conjuntura ultrapassa as raias do risível no governo, no Senado é ainda pior, e com um nome que traz arrepios ao se pensar em manipulação. Para os institutos, a favorita ao Senado era a ex-presidente impeachada e com direitos políticos dados por Lewandowski (e não pela Constituição) Dilma Rousseff. O Ibope lhe dava 20% de votos, e o Datafolha encontrou 27%.

Já fora do conto de fadas dos institutos, Dilma ficou em quarto lugar, perdendo para Carlos Viana (PHS), Rodrigo Pacheco (DEM) e Dinis Pinheiro (Solidariedade). A ex-presidente do todo-poderoso PT em quarto, com só 15% de votos reais, perdendo para o candidato de um tal de PHS, que raros saberão o que significa.

Por que é que Ibope e Datafolha sempre erram a favor do PT?

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Assuntos:
Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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