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Queimando até a última ponta

“Racismo do bem”: Marcelo D2 pode julgar Hélio Bolsonaro por sua cor de pele?

O maior propagador da maconha no Brasil tratou Hélio Bolsonaro como "escravo" e "lambe-coturno". Marcelo D2 não poderia ofender os brancos ao redor assim: só vale para o negro.

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Hélio Bolsonaro sofre racismo por Marcelo D2

Marcelo D2, aquele da maconha, avisou que seria “super delicado”: delicadamente, falou do “negão do Bolsonaro” como um “escravo da casa grande”. O vocalista do Planet Hemp e maior defensor da dependência química e ideológica de entorpecentes como a maconha do Brasil se referia a Hélio Bolsonaro, cujo nome é Hélio Fernando Barbosa Lopes, militar que obteve a maior votação para deputado federal do Rio de Janeiro.

O maior defensor da escravidão pela maconha disse que “talvez” (note-se: “talvez”) “seja essa a nova nomenclatura pro escravo da casa grande”. Ou seja, não é que Hélio Bolsonaro “talvez” seja um escravo: ele certamente o é. Só “talvez” ele seja denominado “negão do Bolsonaro”, embora tenha assumido e adotado o nome de Hélio Bolsonaro, sendo a única pessoa além dos próprios filhos e da ex-esposa do presidente eleito que adota o sobrenome. O que é “talvez” para Marcelo D2 é só o observável pela realidade objetiva, e seu “certamente” é categorizar Hélio Bolsonaro como “escravo da casa grande”.

Para justificar o tratamento dispensado a Hélio Bolsonaro por ser negro, Marcelo D2 usa a típica verborréia da esquerda mais chulé: o deputado estaria batendo “palma pro patrão” (como se presidente fosse “patrão” de deputado), e tentando explicar ainda que, no caso, sua figura de linguagem seria ainda mais gráfica se traduzida como “lamber o coturno do capetão” (metáfora meio estranha para um militar, que também usa coturno).

O que Marcelo D2, que é negro (mas menos do que Hélio Bolsonaro) não percebe, é que tratou o deputado como alguém que precisa servir certos ditames, como acreditar no mesmo tipo de bobagem que o maconheiro acredita, graças a sua cor de pele. Afinal, de todos os que poderiam ser atacados pelo vocalista do Planet Hemp na foto, Marcelo D2 mirou em Hélio Bolsonaro por ser negro. O deputado foi alvo de ofensas brutais (como ser tratado como “escravo” ou até “lambedor de coturno”) por ser negro, e a, digamos, “lógica” do maconheiro só poderia atacá-lo com tais palavras, eximindo os brancos da foto de tal tratamento.

Claro que a esquerda, que em seu binarismo acredita que é a única defensora dos negros (mal sabe ela da história da esquerda pelo mundo…), não percebe, por estar com os neurônios destruídos pelo THC, que acabou prendendo as tais minorias em senzalas ideológicas. Se discordar, não pode. É até menos negro. Ou ainda melhor: escravo. Tudo porque quero o seu bem. E se você discorda de mim, nem mais negro é. Afinal, com esse pensamento, é fácil ser racista, mesmo sendo negro.

A esquerda pode montar em cima de palavras que esvazia de significado, como “racismo”, para tentar manipular o debate público a seu favor, como se fosse a dona das virtudes, e tudo o que está fora de seu método é “nazismo”. Mas acaba não percebendo que trata intelectos como se fossem definidos por cor de pele. O que é, justamente, o modelo de pensamento dos tais nazistas que tanto acha que pensam muito diferentemente dela própria.

Graças à declaração imbecil, a hashtag #MarceloD2Racista passou o dia no topo dos Trending Topics do Brasil.

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Assuntos:
Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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