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Brasileirinhas

No Twitter, Joice Hasselmann insinua que Filipe G. Martins é g@y

Xingar alguém de V1@do é tão anos 80 quanto chamar gorda de baleia

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JOICE-TV

A madrugada transcorria calmamente: aquele assalto cotidiano à geladeira. Dois sanduíches de pernil e pra arrematar um bolinho floresta negra de modestos três andares, coberto de leite condensado. 

De chofre, uma visão a incomoda. Choice esfrega os olhos e parece não acreditar. Alguém a estava citando. Prontamente põe de lado o pesado prato, algumas lascas de chocolate belga caem e lambuzam o assoalho. Choice então sobe nas tamancas imaginárias, porque as reais já não mais a aguentam e desfere o golpe: Ei, macho man… macho, macho man!

Com o mindinho no canto da boca e um olhar maléfico, Choice espera o fuzuê, realizada.

 

O ego ferido vê ataque onde não há. A isentolândia nesquick se comporta assim. Acham que tem o monopólio da virtude e da visão correta dos fatos. Filipe Martins fez menção a um livro chamado A Choice Not An Echo. A mera semelhança gráfica fez a deputada entrar em surto. 

Logo em seguida, disse que respeita “viado assumido”. Joice argumenta como uma menina de 11 anos. A ideia de atribuir a um desafeto a pecha de homossexual é muito anos 80. Tão anos 80 quanto dizer que uma gorda quase mórbida é uma jubarte, por exemplo.

 

A linha do tempo da contenda foi essa:

1) Filipe cita um livro sobre a briga interna do Partido Republicano americano.

2) Ninguém entende nada, porque o líder da milícia só fala em parábolas e em línguas mortas.

3)  Como diz o Olavo, direita no Brasil precisa de intelectuais fortemente capacitados, e ninguém entende nada.

4) Joice, umbigocêntrica que acha que o Universo gira ao redor dela, acha que “Choice” é indireta.

5) Joice dá a entender que Filipe é gay.

6) De repente, uma política de direita vira a maior fonte de verdade do mundo, e isentosfera trata o ataque como uma “revelação” e até a esquerda parte para ataques “homofóbicos”, com o mesmo peso de uma declaração de Patrícia Lellis.

Joice queima ainda mais sua já surrada credibilidade. A sua candidatura a prefeitura de São Paulo pode, como comportamentos assim, encalhar.


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Assuntos:
Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

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