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Ganhou, mas não levou: Justin Trudeau e o mínimo sobre as eleições no Canadá

Primeiro Ministro progressista segue no governo, mas agora em minoria

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Ontem (21/10) o Canadá formou seu novo parlamento. 170 cadeiras são necessárias para formar um governo majoritário. O Partido Liberal, de Justin Trudeau, alcançou 157 cadeiras, bem menos que em 2015 e valor insuficiente para formar maioria. O Partido Conservador – liderado por Andrew Scher – subiu de 99 para 121 cadeiras, um bom resultado, mas insuficiente para formar governo. O restante das cadeiras se dividiu entre os Novos Democratas (24), também em queda em relação a 2015, Bloco Quebécois (32) e o Partido Verde (3) – sempre de extrema-esquerda em qualquer lugar do mundo.

As pesquisas prévias mostravam empate técnico, o que não se mostrou totalmente errado. Na porcentagem do voto popular, o Partido Conservador ganhou com cerca de 34,5% e o Partido Liberal obteve cerca de 33%. Nunca um governo formou maioria sem atingir 38,5% dos votos totais e o partido de Trudeau ficou longe da marca. Vale notar que, com formato eleitoral semelhante (e não idêntico) ao americano, ganha quem faz mais deputados e não necessariamente quem vence o voto popular – a diferença é que ninguém levantou ou vai levantar a bola da mudança de regra, já que Trudeau venceu, mas fizeram isso quando Trump venceu com os delegados mas perdeu o voto popular.

Apesar da vitória, posta em xeque durante a campanha devido a casos de corrupção e da “blackface” de Trudeau, o resultado pode ser interpretado como apenas um adiamento de derrota ou problemas. A regra até então era o primeiro-ministro reeleito sempre conseguir formar governo, o que não ocorreu. Governos minoritários canadenses nunca duram os 4 anos normais de mandato, mas costumam durar de 18 a 24 meses. Novas crises podem ser fatais para Trudeau.


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Assuntos:
Andre Assi Barreto

Professor de Filosofia e História das redes pública e privada de São Paulo. Aluno do professor Olavo de Carvalho. Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Também trabalha com revisão, tradução e palestras. Autor de "Saul Alinsky e a Anatomia do Mal" (ed. Armada, 2019)

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