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Guten Morgen 98: Auschwitz 75 anos depois

Por que os nazistas passaram de uma postura de segregação para uma postura de extermínio quando começaram a perder a Segunda Guerra? E por que em Auschwitz na Polônia? Ouça no seu podcast preferido

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Guten Morgen 98 - Auschwitz

Guten Morgen, Brasilien! Nesta semana completou-se 75 anos da libertação de Auschwitz, o mais horrendo e conhecido campo de concentração onde eram assassinados judeus em massa durante a Segunda Guerra Mundial. Também foi um momento em que a esquerda deixou o disfarce e os eufemismos e elogiou abertamente o Exército Vermelho da União Soviética de Stalin, congratulando o mais violento Exército a atormentar civis do século XX por ter “libertado” o mundo dos nazistas.

Mas será que a história é mesmo tão maniqueísta e combina tanto com este reducionismo?

Pelo contrário: qualquer estudioso de campos de concentração é claro em afirmar que o Gulag, o complexo de campos de concentração soviéticos, não é apenas anterior aos campos nazistas: os soviéticos ensinaram os alemães a obter uma economia industrializada com trabalho escravo de seus inimigos.

Afinal, soviéticos, do socialismo internacional, e nazistas, os nacional-socialistas, tinham muito menos diferenças de pensamento do que tinham dos liberais e conservadores do Ocidente. Pra piorar, foi por culpa dos soviéticos – e não exatamente dos alemães – que a Polônia estava tão fragilizada na Segunda Guerra.

Mas, afinal, por que Auschwitz? Ou melhor, por que a Polônia? Por que os nazistas mataram comparativamente mais judeus no país ocupado do que na própria Alemanha?

Neste episódio do seu podcast preferindo, vamos analisar qual era o plano do “nacionalismo alemão”, e o que ele tinha de diferente do nacionalismo alemão do romantismo. Também mostraremos como Adolf Hitler moldou sua mentalidade a partir da Primeira Guerra Mundial, e como os alemães, o povo que mais recebeu judeus na virada do século, passaram a enxergar a matança indiscriminada como uma “solução final para o problema judaico” (Endlösung der Judenfrage).

E já avisamos: as respostas serão mais complexas do que parecem…

Não se esqueça de que hoje é o ÚLTIMO DIA para assinar o Guten Morgen Go sobre a Primeira Guerra Mundial – e lembre-se de que é quase impossível entender de fato o nazismo sem entender as complexas questões modernas que a Alemanha se impôs e impôs ao mundo a partir da Grande Guerra… Corra para go.sensoincomum.org!

A produção é de Filipe Trielli e David Mazzuca Neto no estúdio Panela Produtora, com produção visual de Gustavo Finger da Agência PierGuten Morgen, Brasilien!


Conheça a importância da Primeira Guerra Mundial assinando o Guten Morgen Go – go.sensoincomum.org!

Assuntos:
Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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