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Editorial de O Globo diz que fazer piada com Patrícia Mello é ameaçar a democracia

Editorial de O Globo quer te fazer acreditar que só o "jornalismo profissional" merece algum crédito. Quem conta?

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Bolsonaro, Patricia Mello, O Globo

O planeta do jornalismo “profissional” é habitado por tipos pegajosos e tacanhos. Nada que saia de suas cabecinhas se aproveita. O editorial de O Globo desta sexta-feira, 21 de fevereiro, é um nonsense puro. Com o chamativo título “Bolsonaro cria uma atmosfera antidemocratica” o jornal abre mão da própria dignidade e mergulha na lama.

Os chavões de sempre: milicianos digitais (risos genuínos), discurso de ódio, estado laico e o cazzo a quatro. A incapacidade de expressão da classe já chegou a níveis alarmantes.

O texto, ao melhor estilo surrealista, aproxima Bolsonaro de Hugo Chaves, diz que esses homens tão parecidos em suas agendas, afazeres e – por que não? – idéias, usam a democracia para demoli-la por dentro.

Para o jornal, a democracia brasileira estava muito bem amparada no colo do governo petista que, afinal tanto amparo custa caro, surrupiou o país, mergulhando-o numa crise profunda. Estava muito bem cuidado quando o petismo aparelhou todas as instituições, quando quis calar a imprensa livre, injetando tufos de milhões em blogs de “jornalistas profissionais”.

Mas toda pirueta verbal é pra dizer que eles se sentem mal porque ninguém mais dá atenção ao “jornalismo profissional” deles. Na alma infantil dessa gente, a realidade reflete apenas a intensidade emocional com que a miram.

Ah, conseguiram enfiar aborto e casamento gay na parada também. E Trump, presidente da maior democracia do planeta – não o mesmo planeta dos jornalistas, é claro -, também é um antidemocrata. É tudo tão previsível.

Cada parágrafo parece que foi escrito por uma pessoa diferente, dada a unidade da coisa. Segundo o editorial, as falas debochadas do presidente, que criam essa tal atmosfera antidemocrática, levou o General Heleno a reclamar que o congresso trava as pautas – lembrei-me do elogio à rima sem rima de Zélia Duncan.

E finalizam: Bolsonaro pediu calma ao general, mas na verdade ele não pediu.

E assim, nessa atmosfera rarefeita, o “jornalismo profissional” esgota todas as reservas do seu planeta. Aos poucos sensatos, tá na hora de construir uma cápsula de fuga.


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Assuntos:
Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

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