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Fake mídia

Mídia ainda é a melhor forma de te deixar por fora e histérico em meio à pandemia, diz estudo

Estadão publica estudo se fazendo de vítima e pedindo confiança, mas jornalistas que não entendem de fronteiras nem de gramática e que ressuscitam mortos mostram o contrário. Leia o que nosso DataSenso tem a dizer

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Karl Kraus dizia que “o que a sífilis poupou será devastado pela imprensa”. Agora, no meio de uma pandemia, o que o vírus não derrubar, a mídia se encarregará de pôr a baixo. No Brasil, por motivos ainda mais mesquinhos, a mídia tem trabalhado com afinco para que as coisas fiquem da pior maneira possível.

A chegada de uma pandemia que nos obriga a ficar dentro de casa expõe a todos a uma praga muito pior que o coronavírus: as notícias da mídia tradicional. O estímulo vital do jornalismo profissional parece ser tirar o presidente Bolsonaro do seu cargo a qualquer custo. Por trás da sanha dos jornalistas militantes há uma elite corrupta que sempre fez do país seu balcão de negócios particulares.

O jornalista da CBN não esconde o anseio para que o golpe dê certo.

Uma vez longe do poder, obrigados a ter que trabalhar de verdade, os jornalistas mostraram suas falhas visíveis. O avanço da internet comprovou isso. O mundo viaja num avião a jato, mas a imaginação do jornalista ainda anda de charrete. 

E agora, devido a crise gerada pela pandemia, a busca pela informação aumentou drasticamente. Jornais e tevês se alternam ora dizendo que é o caos ora pedindo às pessoas que não se desesperem. Essa estimulação contraditória cria uma dependência da informação.

É nítido que, mesmo com todos os alertas já dados, a preocupação da mídia com o coronavírus só se intensificou quando Bolsonaro, que havia viajado para os EUA e tido contato com infectados, foi cumprimentar manifestantes que o apoiavam. Mas já se sabia dos perigos das aglomerações desde antes do carnaval.

Nenhuma medida foi tomada para se conter o avanço da doença. Metrôs, trens e ônibus continuaram circulando normalmente; eventos não foram cancelados como deveriam. O próprio presidente pediu em rede nacional que as pessoas ficassem em casa no dia da manifestação. Ignorando o próprio presidente muita gente foi pra rua. Bolsonaro fez o que caberia a qualquer líder que vê seu povo se expor a um perigo: juntou-se a ele. 

A mídia rapidamente entrou em ação. Uma famosa jornalista, paga pelo governador de São Paulo, João Doria, adversário político de Bolsonaro, usou seu Twitter para, a cada quinze segundos, responsabilizar Bolsonaro pela disseminação da doença. Em que mundo com o mínimo de sanidade alguém dá ouvidos às críticas histéricas feitas pela funcionária de um notório adversário? Pois é. O Brasil não é mesmo para amadores.

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Logo depois surgiu a contenda sobre o vírus chinês com o deputado Eduardo Bolsonaro que, na condição de deputado, tem o direito de expressar suas opiniões. O embaixador da China, utilizando a conta da embaixada, partiu para o ataque. Claro que Eduardo só foi atacado por ser filho do presidente. Outro deputado, Marcel Van Hatten, do Novo, também compartilhou a mesma informação sobre a origem do vírus, mas foi poupado. Mesmo a Globo já havia alertado sobre a ocultação da verdade por parte da China, o que ajudou o vírus a se alastrar.


A Band News chegou a colocar uma apresentadora chinesa para relatar as maravilhas da vida na China. Um âncora da emissora chegou a chamar Eduardo de imaturo e irresponsável. A resposta da emissora soou estranha. Se não fosse a vigilância das novas mídias que se disseminaram com a chegada da Internet nós nunca iríamos saber. A Band fechou um acordo com a China. Tudo devidamente explicado.

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Desmascarada e sem os bilhões injetados pelo governo, restou à mídia lotear seus ativos. A militância de esquerda forjada nas faculdades e os “profissionais”, acostumados à bajulação e ao luxo, que fazem tudo por um bom dinheiro, estão na linha de frente e na elaboração das estratégias de enfraquecimento do governo.

Basta ver como O Antagonista trata a relação de Bolsonaro com seus ministros. 

Muita gente torce para que o governo falhe absolutamente. As vidas perdidas, para essa gente, não tem a mínima importância. A prova é que um dos mentores da isentolândia talquinho de neném adorou saber que seu adversário, Filipe G. Martins, estava com o coronavírus. Não precisa comentar mais nada.

A ação destrambelhada da mídia transformou o debate público num Fla x Flu. Nenhuma crítica às ações do governo acaba sendo analisada de forma séria. E quem perde, sempre, é a população que fica perdida entre histeria coletiva e absoluta negligência nos cuidados. 

As crianças brincarem de ser jornalistas vá lá, mas jornalistas feitos brincarem de crianças é uma vergonha absoluta.

Chegou o momento de se buscar alguma substância no jornalismo ou ele solapa tudo aquilo que o vírus poupar.

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Assuntos:
Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

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