Propaganda de Doria com enfermeira ‘aglomerativa’ vai colar?
Enfermeira escolhida cirurgicamente por técnicas de storytelling para mostrar "vitória" dos 50,38% até aglomerou na praia. O que Doria acha disso?
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A enfermeira Monica Calazans, 54, que trabalha há 10 meses no Instituto de infectologia Emilio Ribas, foi escolhida para tomar a primeira dose da vacina chinesa Coronavac no Brasil. Monica foi uma das voluntárias do estudo de eficácia e segurança da vacina feito no país.
A profissional de saúde fez os testes antes de receber a dose deste domingo. Durante os estudos ela recebeu placebo, fato que deu sinal verde para a inoculação da vacina de verdade.
A escolha de Monica para receber a primeira dose da vacina é repleta dos simbolismos mais caros ao progressismo. No mesmo combo você tem a mulher, a negra, a periferia – a tríade perfeita para uso demagógico e sem moderação.
E tem mais um detalhe. Um dos “efeitos colaterais” da escolha de Monica ainda reforça a narrativa de que os “negacionistas, terraplanistas, anti-vacina, anti-ciência” são também “racistas, supremacistas, perigosos.” O tucano Reinaldo Azevedo já deu a dica:

Hoje, qualquer tipo de crítica ao fato de a enfermeira ter comemorado o ano novo na praia está sendo classificado como “ataque das hordas bolsonaristas.”
Tem muita gente se perguntando por qual motivo a enfermeira que está há 10 meses na linha de frente, em contato direto com o vírus chinês, resolveu ignorar a patota #fiquemecasa e se juntar à turma do #aglomeraBrasil em setembro e, mais tarde, em dezembro – justamente o período que o governador decretou que o estado de SP de voltaria à fase vermelha.
A escolha da enfermeira como garota-propaganda da Coronavac pode ser o resultado da decisão do governador de aumentar em 120% o orçamento em comunicação, passando de R$ 88 milhões em 2020 para R$ 193 milhões em 2021 (a área da saúde não teve a mesma sorte e sofreu um corte de R$ 3 bilhões).
Convenhamos: corajosa ela é. E tudo leva a crer nas suas boas intenções. Na época em que ter medo do vírus era razoável, pelo desconhecimento em torno da gripe chinesa, a enfermeira se candidatou a uma vaga temporária para atendimento às vítimas do vírus. Se voluntariou para estudar a vacina.
Tudo isto nos leva a pensar que Monica Calazans é apenas uma peça de uso político, sendo usada e abusada como propaganda “lacradora.” Resta saber se a enfermeira está ciente do uso de sua imagem para fins tão pouco nobres.
Em tempo: Senso Incomum entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Governo de SP na tarde desta segunda-feira, 18 (aproximadamente 13h). Estamos aguardando a resposta à pergunta feita no subtítulo deste texto.
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