Governo se desculpa por perder controle sobre o vírus (governo alemão)
Com partido rachando, popularidade mais baixa desde a década de 50 e lockdown ineficiente, governo pede perdão ao público. Falamos de Angela Merkel, adorada no Brasil
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Em artigo publicado na revista digital Spiked, a jornalista correspondente do veículo na Alemanha, Sabine Beppler-Spahl descreve como a chanceler Angela Merkel perdeu o controle não apenas da peste chinesa, mas também da narrativa – que sempre lhe rendeu salvo-conduto para tomar as decisões mais estapafúrdias e autoritárias em território alemão.
“O governo perdeu o controle do vírus e, em seguida, também perdeu o controle da narrativa. No passado, Merkel sempre podia se apresentar como aquela que trazia as coisas de volta ao controle. Foi esse o caso na crise do Euro e até mesmo na crise dos refugiados no início (embora ela tenha acabado por perder o controle)”, pontua a jornalista.
Na semana passada, a chanceler teve que vir a público pedir desculpas pela desastrosa decisão de anunciar um novo lockdown, ainda mais restrito do que os anteriores. Às vésperas dos feriados de Páscoa, o bloqueio previa fechamento de supermercados e pegou a população de surpresa.
“A maioria das pessoas já tinha feito planos com suas famílias – contando com promessas anteriores de que a Páscoa deste ano seria um pouco mais livre do que a do ano passado”, escreve Beppler-Spahl.
Segundo a jornalista, até mesmo uma deputada da CDU (União Democrática Cristã), o partido da chanceler, demonstrou indignação com Merkel e o punhado de governadores que tomou a decisão de prender os alemães novamente dentro de casa. “Essas pessoas alguma vez compraram a sua própria comida?”, perguntou a parlamentar, que Beppler-Spahl não identifica em seu artigo.
“Os alemães podem ver que seu governo é incapaz de cumprir suas promessas mais básicas. No outono, os alemães foram obrigados a entrar em lockdown para ‘salvar o Natal’. Em janeiro, o plano era salvar a Páscoa” (qualquer semelhança com o discurso em terras brasileiras não é mera coincidência).
Segundo o artigo, os alemães também estão descontentes com o ritmo de vacinação da população, um dos piores da Europa. “Enquanto mais de 40% da população britânica terá recebido pelo menos uma vacina Covid até o final deste mês, a Alemanha mal administrou 10%”, diz o artigo.
Também não pegou nada bem para a imagem de Merkel e da União Européia (UE) os problemas com a compra dos imunizantes. A impressão era a de que a UE estava com estoques suficientes para imunizar toda a população do bloco, o que se demonstrou, mais tarde, estar ligeiramente apartado da realidade.
Por estas e outras, a aprovação ao partido de Merkel está no pior patamar da história: 27%, de acordo com o instituto de pesquisas mais conceituado da Alemanha, o Allenbach.
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