Ninguém será punido após China admitir baixa eficiência da Coronavac?
O Instituto Butantan aparelhado por Doria disse que vachina tinha "100% de eficácia". Pequim agora admite misturar as doses com produtos de outras farmacêuticas
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O chefe do Centro de Controle e Proteção de Doenças da China, George Gao, admitiu que as vacinas produzidas no país asiático possuem baixa eficácia e afirmou que o governo chinês estuda misturar outros tipos de imunizantes em suas vacinas para resolver este problema. A informação é do jornal The Washington Post.
A admissão – feita em uma postagem em rede social e rapidamente apagada – coloca mais areia na discussão acerca dos estudos com a Coronavac, a principal aposta do governador João Doria no combate à pandemia.
No dia 07 de janeiro, quando veio a público anunciar os resultados dos estudos sobre a vacina chinesa contra a peste, João Doria e o Instituto Butantan alardearam 100% de eficácia para casos graves e 78% para casos moderados.
A imprensa, que se mostra sempre tão preocupada em ser cientificamente correta, abriu mão do seu trabalho primordial de apuração e trabalhou como assessora de imprensa de Agripino:
Os dados apresentados, no entanto, estavam incompletos. A falta de transparência levou a comunidade médica e científica brasileira a pressionar o Instituto Butantan.
Uma semana depois, o instituto veio à público, com dados bem menos animadores. A eficácia da Coronavac, a “vachina” produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan era, na verdade, de apenas 50,38%.
Estudos preliminares feitos no Chile, ainda não revisados, indicam baixa produção de anticorpos após vacinação com a Coronavac.
Em sua coluna no jornal O Estado de S.Paulo publicada no dia 03/04, o PhD em biologia celular e molecular pela Cornell University, Fernando Reinach, se debruçou sobre pesquisa chilena e explicou os dados.
“A conclusão é de que os vacinados no Chile com a Coronavac possuem os anticorpos necessários para combater o Sars-CoV-2, mas em baixa quantidade, o que está de acordo com a baixa eficácia da vacina (50%). Essa baixa quantidade de anticorpos também deixa em aberto a possibilidade de a Coronavac ser menos eficaz, ou mesmo ineficaz, contra as novas variantes.”
No entanto, Reinach completa: “De qualquer modo, a Coronavac é segura e, apesar dessas características, deve ser tomada por todos assim que possível. No futuro, ela provavelmente será substituída por vacinas que oferecem maior proteção.”

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