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Eleições americanas

Atentado contra Trump: não era ele que tinha “discurso de ódio”?

O candidato Donald Trump sofreu uma tentativa de atentado em Nevada. A retórica do jornalismo não era a de que os Republicanos são violentos?

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Donald Trump sofre tentativa de atentado em Rino, Nevada

O FBI percebeu o risco de um atentado quando um homem vestido com a camiseta “I stand with Her”, de Hillary Clinton, aparentemente tentou arrancar uma arma de um agente na convenção de Donald Trump em Reno, Nevada.

A despeito da boataria da internet, que jura saber mais sobre o ocorrido do que o FBI e o USSS, um flagrante permanece: apesar de todo o discurso da esquerda (e do jornalismo “isento”) sobre o “ódio” e os “ataques” crescentes com o risco da “extrema-direita”, toda a violência de fato que acontece é sempre da esquerda, nunca da direita, tão temida por dizer coisas que o establishment politicamente correto acha detestáveis.

Na história americana, por exemplo, todos os atentados contra presidentes foram cometidos ou por um esquerdista, ou por alguém ainda mais psicótico. Alguns eram simplesmente loucos. Curiosamente, os únicos que se voltaram contra a esquerda, sem nenhuma agenda de direita.

Richard Lawrence, um pintor que acreditava ser o rei Ricardo II da Inglaterra, tentou atirar em Andrew Jackson, um presidente que definitivamente não era flor que se cheirasse, por acreditar que a América lhe devia dinheiro. John Schrank tentou assassinar Teddy Roosevelt quando ele pensou em tentar um terceiro mandato. Francisco Martin Duran, um esquizofrênico paranóico que acreditava ser o próximo Jesus Cristo, atirou em alguns homens no gramado da Casa Branca durante a administração de Bill Clinton.

De resto, todos os atentados e assassinatos reais na América foram cometidos pela esquerda, que adora acusar todos de “discurso de ódio” e alertar o mundo, através do jornalismo e de gente famosa, do risco de a direita falar coisas livremente, inclusive com palavrões e sem os típicos eufemismos para falar de Hillary Clinton. Fora de sua violência imaginária, a violência real é praticamente toda de esquerdistas contra direitistas.

O ator e ativista pacifista (!) John Wilkes Booth (não confundir com o ator e ativista pacifista Sean Penn) atirou no presidente Abraham Lincoln em 14 de abril de 1865 porque, como explicou em carta à sua família, ele ficou furioso com os Republicanos pela guerra no sul.

Charles J. Guiteau, que atirou no presidente James Garfield em 1881, tinha um longo histórico com uma comuna chamada Oneida Community, onde se praticava amor livre e as crianças eram criadas coletivamente. Algo bem conhecido hoje pelas Universidades públicas, pelo Fora do Eixo e, mais recentemente, pelo “Spirit Cooking” de Hillary Clinton.

Emma Goldman fez um discurso radical em 1901 que não foi chamado de “discurso de ódio” pelos esquerdistas “moderados”. Quem ouviu foi Leon Czolgosz, socialista/anarquista que matou o presidente William McKinley naquele mesmo ano após ouvir palavras tão edulcoradas de alguém que hoje poderia ser colunista da Folha e dar entrevistas no Roda Viva.

Giuseppe Zangara queria assassinar “todos os presidentes e reis capitalistas”, jacobinismo que podemos ver consubstanciado nas “ocupações” das escolas e em qualquer ato Fora Temer, para não falar dos comícios de Hillary Clinton. Tentou matar os republicanos Herbert Hoover e Franklin Roosevelt, mas acabou errando o tiro e assassinando o prefeito de Chicago, Anton Cermak.

E o que dizer de Lee Harvey Oswald, esse cara que o Brasil mal conhece e já considera pacas? Após ler um panfleto comunista sobre Julius e Ethel quando era adolescente, Oswald estudou russo e foi para a União Soviética. Voltou com mulher e filho e planejava se refugiar em Cuba, mas como ninguém foge do capitalismo para a glória esquerdista de Cuba sem um motivo mórbido, Lee Harvey Oswald criou o seu: amalucado com textos do Partido Comunista e do Partido dos Trabalhadores Socialista (não confundir com o PSTU), Oswald tentou matar o prefeito Edwin A. Walker. Sem sucesso, sua próxima tentativa foi o então vice-presidente Richard Nixon, mas foi impedido quando Nixon estava em Dallas.

Sua terceira tentativa teve mais sucesso: atirar logo no presidente John F. Kennedy, o símbolo máximo do que é um Democrata amado, que era anti-comunista notório e, hoje, concordaria quase integralmente com o Tea Party, tendo horror do partido de Barack Obama e Hillary Clinton.

Gerald Ford também levou um tiro, tornando a profissão de “presidente republicano” uma das mais perigosas e capazes de atrair balas de esquerdistas do mundo – os mesmos que hoje propõem o desarmamento da população civil. A atiradora foi Lynette “Squeaky” Fromme, que era partícipe do culto hippie contra-cultural de Charles Manson. Sete dias depois, Sara Jane Moore também tentou assassinar Gord porque, em suas palavras, “o governo declarou guerra à esquerda”. O que será que a Globo News diria se atirassem em Donald Trump?

Ronald Reagan também sofreu seu atentado, mostrando que, dos Republicanos recentes, apenas os dois Bush escaparam aparentemente ilesos (ao menos fisicamente) de seus mandatos.

Agora pergunte rapidamente a um jornalista, analista político ou artista brasileiro que entenda tanto da importantíssima Histórica Americana quanto o que os professores do MEC nos ensinaram qual o lado do espectro político que mais sofre atentados e quem tem mais chance de morrer caso seja eleito: um Democrata como Hillary Clinton ou um Republicano como Donald Trump?

https://twitter.com/flaviomorgen/status/795099928481660928

As informações foram compiladas por Ann Coulter, também considera ultra-radical-de-extremíssima-direita-teocrática-racista-redneck-violenta-white-trash pela mídia de esquerda, em seu livro Demonic: How the Liberal Mob Is Endangering America.

No capítulo Imaginary violence from the right vs. Actual violence from the left, juntamos pontos que sempre nos foram apresentados como desconexos e percebemos que todo o discurso da esquerda por “paz” e “tolerância” e contra “hate speech” é apenas conversa mole para cucaracha acreditar: toda a história americana, e não apenas recente, é uma sucessão de atentados, assassinatos e violência de esquerdistas contra direitistas, quase sempre acobertados por políticos e pela mídia que comunga de suas idéias.

Quem, por exemplo, critica na América os terroristas da Weather Underground, que teve seu líder perdoado da cadeia no último dia do mandato de Bill Clinton? Quem no Brasil sabe quem eles são e quem mataram?

É com essa desinformação que os corações de 99,999% dos brasileiros batem por Hillary Clinton como se fosse uma santa que pariu Chelsea ainda virgem. Enquanto a esquerda continua lutando contra palavras e criticando quem diz coisas sem atravessá-las pela censura do politicamente correto, a direita, o tempo todo, tem de sobreviver à violência real dos esquerdistas – e ainda ser chamada de violenta e de extremista radical se comenta a história real.

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Assuntos:
Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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