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Folha problematiza o Super-Homem o chamando de “fascista”

A Folha e sua monomania obsessiva de chamar colunistas esquerdistas para problematizar tudo chamou o Super-Homem de fascista. Logo o homem de aço que socava nazistas.

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Super-homem é chamado de fascista e nazista pela Folha

O repórter Rogério de Campos da Folha, em prova cabal e definitiva de que tem um tempo livre indescritivelmente irreal para a sociedade brasileira, problematizou o Super-Homem. Adivinhe qual o adjetivo usado pelo repórter? Um doce sabor obviedade para quem responder “fascista”.

O título da coluna da Folha é “Fortão que bota ordem na casa, Superman é acusado de ser fascista há 80 anos”. O que Rogério de Campos quer dizer com isso? Useiro e vezeiro do velho truque pilantra de dizer que alguém ou algo sofre “críticas”, com sujeito oculto, coletivo e plural, o subtítulo tasca: “Ataques mais frequentes são de que quadrinhos naturalizam violência como forma de resolver problemas”.

Já dá pra imaginar que tipo de gente bem resolvida gasta tempo problematizando uma forma de escapismo que não corresponde em nada ao comportamento na vida real das pessoas que lêem gibis. Provavelmente gente com 5 filhos, preocupada com questões como pedofilia ou degeneração moral. Talvez até buscando uma ordem metafísica de tão graves e complexos são os problemas de sua vida concreta, preferindo ordenar sua ética até no plano não-carnal. Gente com boletos e responsabilidades sobre vidas alheias. Certamente alguém que ri quando começa a propaganda do PSOL. As pessoas que fazem algo da vida, afinal. Deve ser este o público-alvo da Folha. Não é?

Rogério de Campos começa seu texto dizendo que o Super-Homem “sempre foi acusado” de ser “fascista ou nazista”, sem se preocupar em dizer por quem (existe uma diferença entre ser chamado de fascista ou nazista por uma vítima do Holocausto ou por Jean Wyllys e Lola Aronovich). O argumento é só esse: “a necessidade de um homem forte para botar ordem na sociedade”.

Nunca vimos o Super-Homem botando ordem na sociedade: só evitando crimes. Quem precisa de homens fortes com planos sociais é quem banaliza o genocídio promovido por Stalin, Fidel Castro, Pol-Pot e companhia. E para enfrentar bandidos, não há registro de alguma sociedade que prescindiu de homens fortes. Ou vamos enfrentá-los com os Ursinhos Carinhosos?

Depois de horas de texto rolado, vemos uma crítica substancial e assinada: do padre jesuíta Walter J. Omg. Sua única citação: “O Super-Homem é nazista”. E só. Já o tarado Gershon Legman (inventor do vibrador) tem mais destaque, com toda aquela logorréia de “repressão sexual” para a problematização da época, em que tudo era “fascista” porque era forte (e naquela época não tinha academia em cada esquina pra curar os problemas do próprio Gershon Legman, que só via força nos nazistas, que perderam a guerra). O próximo da fila foi o censor oficial de quadrinhos: Fredric Wertham e seu infame Seduction of the Innocent. Quando é pra falar clichê e chamar todo mundo de fascista, vale até citar gente paranóica.

Entre os argumentos, estaria o elogio de crianças leitoras de Super-Homem a “autoridades não-eleitas como a polícia” (oooh, onde esse mundo vai parar?!) ou uma “rebeldia infantil contra a desordem” (sic). Até o fato de Clark Kent se “submeter à mulher” (na verdade, simplesmente tratá-la como rainha do lar) é colocado como negativo, apesar de ser tudo o que feministas sempre quiseram. E taca-se lá no fim a “onda conservadora” e a palavra “autoritarismo” como se fossem uma mesma coisa.

Ou seja: tudo aquilo que é forte é fascista. Se o Super-Homem malha um pouco, PIMBA!, nazista. e assim fazemos uma nova geração de gente que acha que “fascismo” é cuidar da própria vida e fazer a ordem vencer bandidos. Como disse Steven Pinker, se vamos deixar apenas os fascistas dizerem isso, os fascistas é que estarão certos, e não nós, bonitões defensores da liberdade.

E o final do texto… o que dizer da canalhice e absurdo analfabetismo do final do texto?

https://twitter.com/tomfm_/status/984809045788938244

Será que a Folha ou Rogério de Campos sabem que o principal inimigo do Super-Homem no começo de sua “carreira” eram… fascistas e nazistas?

Não foi a própria Folha que já usou Adolf Hitler para dizer que é possível mentir só dizendo verdades?

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Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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