O que a Máquina Petista de Moer Reputações fez – e ainda faz
A história recente prova que nenhum político se mantém de pé diante da influência do petismo
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Ao sugerir que Lula não sabia a diferença entre uma fatura e uma duplicata, Fernando Collor de Mello se tornou o principal inimigo do PT. Venceria aquelas eleições, mas sofreria um processo de impeachment três invernos depois, e perderia direitos políticos por 8 anos.
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Lula não quis fazer parte do governo Itamar Franco pois dava como certa a vitória discursando como opositor de um governo que perdera o titular. Com o sucesso do Plano Real, FHC frustou-lhe os planos. O tucano virava ali o principal inimigo do PT.
Reelegeu-se, é verdade, mas sem conseguir fazer o sucessor. Pior: não teve o legado defendido em campanha presidencial até pelo menos 2014.
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No que meteu Regina Duarte na TV se dizendo com medo, José Serra virou o principal inimigo do PT. Ocupou este posto por 10 anos. Ao término do período, era ridicularizado por toda a imprensa, e perdia até campanha para prefeito.
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Aécio Neves ousou defender o legado de FHC e chamar Dilma Rousseff de leviana. Virou o principal inimigo do PT. Não tenha feito por merecer, vive hoje buscando formas de fugir da polícia. E deve desistir do Senado para voltar à Câmara, onde ao menos conseguiria manter o foro privilegiado que o blinda da Lava Jato.
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Meses depois da reeleição de 2014, despontou Eduardo Cunha, que ousou derrotar o governo Dilma na disputa pela Presidência da Câmara. Assumia ali o posto de principal inimigo do PT. Um ano e meio depois, seria preso.
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Com o pedido de impeachment aceito por Cunha, Michel Temer ousou se alinhar aos protestos de rua e se distanciou de Dilma, articulando com a oposição um governo sem o PT. Virou, claro, o principal o inimigo do petismo. Encontra-se hoje cercado pela Justiça. E, quando perder o foro privilegiado, terá que sair com as mãos para cima.
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Com a prisão de Lula, Jair Bolsonaro passou a liderar a corrida presidencial. E se converteu no principal inimigo do PT.
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Este texto nasceu no Twitter como um thread que queria se encerrar às 11h36 de 13 de abril de 2018. Sete horas depois, num único release, o Ministério Público Federal divulgou que denunciara “Jair Bolsonaro por racismo, e Eduardo Bolsonaro por ameaças a jornalista“, dois casos bem distintos que só traziam em comum o sobrenome – além da agenda política, claro.
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