Nelson Mandela era racista, amigo de ditadores e admirado apenas por quem não sabe quem ele era
Cai-se facilmente na tentação de elogiar Mandela como "anti-racista" sem saber quem ele era. Sua luta contra o apartheid é uma das maiores farsas da história recente.
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Quando Nelson Mandela criou o movimento pelo fim do Apartheid, a África do Sul vivia um surto de 44 mil homicídios por ano, a maior parte naturalmente de componente racial. Famílias como a do garoto Amaro, de 12 anos, o mais novo da família Viana, que, após ter a mãe estuprada e assassinada junto ao pai, foi jogado em água fervente, num puro ato de sadismo que só o racismo desabrido pode gerar.
Ou o caso de Sue Howarth e seu marido Robert Lynn, que foram acordados às duas da manhã por invasores mascarados que quebraram o vidro de sua casa, na vila remota de Dullstroom por onde moravam por 20 anos, amarrados a uma cadeira e torturados com um maçarico por diversas horas.
Os homens mascarados enfiaram um saco de plástico goela abaixo da senhora Howarth, e tentaram sufocá-lo com outro saco ao redor de seu pescoço. Levados para um matagal ainda em seus pijamas na sua própria caminhonete, a senhora Howarth, 66, executiva de uma companhia farmacêutica, levou dois tiros na cabeça. O senhor Lynn levou um tiro na nuca.
Milagrosamente eles sobreviveram, e Lynn conseguiu se rastejar até a rodovia para pedir socorro para o primeiro carro que passou. A polícia conseguiu encontrar a senhora Howarth seguindo seus gemidos de dor, com uma toalha sobre a cabeça e pouco mais do que um fiapo da blusa, com o peito coberto de sangue. Toda a sua resposta eram gemidos e cobrir os seios com as mãos, numa última tentativa de proteção. Ela acabou falecendo no hospital dois dias depois.
Oh, espere. Esta, é claro, é na verdade a África pós-Mandela, onde os brancos são perseguidos por serem brancos (sim, também com o discurso de “dívida histórica” ou o que o valha) e mortos por gangues de negros, simplesmente por serem brancos. A profissão de bôer (fazendeiro branco) foi considerada a mais perigosa do mundo há 3 anos. Assassinatos horrendos de brancos são rotina no país, que só não parece mais perigoso do que, digamos, o Brasil.
Nelson Mandela é um dos principais símbolos do imaginário político moderno, como Martin Luther King, Che Guevara, Madre Teresa de Calcutá, Malcolm X, Mahatma Gandhi ou Simón Bolívar. Raríssimos, todavia, são aqueles que já leram e pesquisaram sobre tais figuras, além do que o imaginário mais primário diz sobre elas – basicamente, que queriam um mundo sem pobreza e preconceito, e geralmente foram mortos por ricos preconceituosos exploradores que queriam manter seus privilégios de classe.
É curioso como esse imaginário mistura personalidades completamente díspares, como Martin Luther King e Malcolm X no mesmo balaio: o primeiro, um pastor batista conservador, Republicano, que lutou contra uma KKK, Democrata e desarmamentista, pelo direito de armar os negros. Era contra o aborto (política pública usada na América para controlar o aumento da população negra) e o casamento gay. Seu famoso sonho era uma América color-blind: nada de cotas ou movimento negro, e sim uma única lei para todos. Já Malcolm X era um racista que pregava a superioridade dos negros sobre os brancos, uma vingança histórica transformada em leis, era um radical de extrema-esquerda que pregou abertamente o terrorismo para atingir seus fins.
Preso por terrorismo
Nelson Mandela é bem mais parecido com Malcolm X do que com Martin Luther King. Foi abafada em Hollywood uma gafe gigantesca: Leonardo DiCaprio, após tirar uma foto com Mandela quando fez seu filme Diamantes de Sangue, sobre o tráfico de diamantes em Serra Leoa (com uma cena na fronteira com a África do Sul), acabou recebendo uma resposta ríspida do próprio Mandela, que negou seu apoio à narrativa do filme. O que DiCaprio não sabia é que Mandela foi eleito com o dinheiro dos traficantes de diamantes de Botswana e Namíbia, que tanta miséria causam na África.
Mandela foi fundador do movimento uMkhonto we Sizwe, o braço armado do partido radical African National Congress (ANC). Foi preso não por seus pensamentos humanitários contra um regime racista, e sim por planejar um atentado terrorista. E mesmo dentro da cadeia, orquestrou uma operação com Oliver Tambo que explodiu um carro-bomba que deveria chegar a um prédio público. Parado no trânsito, o carro explodiu no famoso caso Church Street Bombing, matando 19 civis em uma área comercial.
A maioria das vítimas do movimento eram civis. Recebeu apoio financeiro e teve próxima amizade com tiranos como Muammar Kadafi, Robert Mugabe, Yasser Arafat e Fidel Castro. Foi considerado terrorista, extinto e, com o partido de Mandela no poder, posteriormente integrado à segurança nacional (sic).
Mandela acabou fazendo um governo pífio, com péssimos indicadores econômicos (sobretudo para os negros) e acabou nem sequer sendo reeleito, embora seu prestígio como símbolo político anti-racista pelo mundo seja inquestionável. Acreditam até mesmo que foi o “Madiba” quem deu direito de voto aos negros (como se só brancos tivessem votado no ex-terrorista). Sobra mesmo sua luta contra o anti-ético regime do apartheid, mas mesmo esta excrescência histórica é mal compreendida.
Apartheid
O regime que perdurou de 1948 a 1984 não era mero “racismo” de ingleses e holandeses: na verdade, os primeiros brancos a chegarem à África do Sul e instalarem seus assentamentos por lá datam de 1652, enquanto a maior parte dos ancestrais das atuais populações negras que migraram tão para o sul do continente chegaram lá depois, quando a África do Sul já era a região mais rica da África subsaariana com uma cavalar dose de capitalismo. Como escreve Selwyn Duke, afinal,
como a vida na África do Sul “racista” era largamente preferível àquela nas nações ao redor, ela foi por muito tempo atrativa para negros migrantes. De fato, devido a este fator e às altas taxas de natalidade entre os negros, a demografia negra da África do Sul aumentou 920 por cento desde 1913. Esta é a principal razão pela qual a população do país aumentou de 6 milhões no começo do século passado para 52 milhões hoje, enquanto a demografia branca aumentou apenas 3,3 milhões durante este período. (grifos nossos)
O tão demonizado “colonialismo”, afinal, foi justamente o fato de os brancos terem criado a tão desejada democracia e a espalhado pelo mundo alternativa bem mais viável do que guerras tribais-étnicas). Até hoje, países negros que estão no Commonwealth britânico ou por eles passaram, como Jamaica e África do Sul, são invariavelmente mais ricos do que seus vizinhos.
Todavia, com tal demografia sul-africana, era fácil que esse próprio esquema tribal fosse mais forte e vencesse eleições do que um sistema, digamos, parlamentar (sentido etimológico, em que tudo é resolvido pela conversa). Com diversos conflitos étnicos entre negros que nunca se resolviam mesmo criando-se uma lei civilizada (quem ousaria dizer que a lei inglesa nascida da Magna Carta é ruim?), preferiram viver à parte. Estava criado o apartheid.
O que geralmente não percebem sobre o apartheid é que, muito mais do que um regime racista, ele nasceu como um regime de proteção e separação: eles criaram a democracia, eles usariam a democracia. Exatamente como aconteceria se brancos e negros nunca tivessem se cruzado: a África do Sul se mataria em guerras tribais, enquanto quem vive à parte dessas guerras vota e resolve tudo pelo parlamento.
Com a mentalidade cristã de ingleses e afrikaners (holandeses), os negros que trabalhavam para os brancos acabavam recebendo educação ocidental, falando línguas européias e criaram o sentimento de pertencimento a esta nação que ia surgindo, a África do Sul. Selwyn Duke prossegue:
Isto criou uma situação interessante. Se os brancos tivessem mantido separação completa – se eles tivessem e pudessem evitar qualquer contato com as tribos africanas – não haveria Nelsons Mandelas (pela mesma razão pela qual nativos amazônicos que não conhecem nada além da cobertura de sua floresta não fazem pressão por direitos de voto). Se, como ocorreu com os japoneses e o povo indigente de suas ilhas, os Ainus, os brancos da África do Sul viessem a surpassar em número e em grande medida subjugar as tribos, não haveria ninguém de nota para fazer pressão por nada.
Mas, afinal, “a África do Sul não é uma ilha e migrantes africanos podem facilmente cruzar a fronteira em grande número”. Para aumentar o imbróglio, a população negra surpassava a branca na razão de 10 para 1.
Uma mesma população branca que trouxe conceitos de democracia para um continente em que eles nunca existiram fez o que mesmo tribos negras que não conjugam dos mesmos laços fariam: criaram um sistema em que a representação, economia e civilização dos brancos ficava à parte, separada dos negros (só a África do Sul tem 11 línguas oficiais, muitas de tribos que não aceitariam dividir a mesma mesa).
É claro que houve diversas ações racistas em um sistema imorável e insustentável, que facilitava toda a forma de discriminação contra negros. O que permanece curioso é que a única forma de julgar o apartheid é justamente pelos critérios dos próprios brancos que se protegeram dentro desse sistema.
De fato, sistemas similares ao apartheid são justamente o padrão na África subsaariana: tribos que se protegem entre si. Na batalha entre tutsis e hutus em Ruanda, por exemplo, nenhum crítico ocidental vê como “política racial” quando um grupo negro toma o poder e pratica o genocídio sobre uma tribo rival.
Mandela de perto
Com sua retórica anti-brancos, era apenas questão de tempo para as taxas de homicídio na África do Sul dispararem horrendamente tão logo Nelson Mandela chegasse ao poder. São mortos 20 brancos a cada 24 horas. De fato, os negros continuaram morrendo loucamente sob seu regime, apenas tendo virado estatísticas ignoráveis.
Hoje, a grande herança do presidente Mandela, que teve suas políticas econômicas socialistas desfeitas tão logo saiu do cargo, é uma África do Sul considerada um dos lugares mais perigosos do mundo para brancos. A taxa de homicídios é de 310 a cada 100.000 por ano (as taxas de homicídio na Londres dos “colonizadores” malvados, que aceita negros sem problema, é de 3 a cada 100 mil).
Os Boer foram expulsos do vizinho Zimbábue pela reforma agrária do socialista Robert Mugabe, que estatizou as terras dos “brancos”. O resultado é apenas mais socialismo: fome, fome e fome. Mandela tentou o mesmo, apenas mais lentamente: criou cotas anti-brancos que apenas os jogaram na pobreza, além de expropriar os frutos de seu trabalho.
Havia 128 mil fazendas comerciais em 1980. Hoje, são 40 mil. O partido de Nelson Mandela até hoje nega a perseguição racial. Com a retórica sakamotiana de sempre, o governo apenas diz que os brancos são vítimas por serem “ricos”. É certamente um fator, mas isso não explica crimes como uma vítima branca amarrada atrás de seu veículo e arrastada até seu rosto ser completamente esfacelado no asfalto (algo como usar a esparrela da “desigualdade social” para explicar o crime contra o menino João Hélio, quando até um de seus assassinos tinha carro em casa). Ou adolescentes espancados até a morte depois de seus pais serem mortos. Ou um bebê de dois anos jogado em óleo fervente.
A Genocide Watch classifica a África do Sul no sexto estágio do processo de genocídio. O sétimo é o último – e significa extermínio.
Mandela não disse muito a respeito da violência contra os Boer. Ou melhor, até mesmo foi flagrado durante um cântico de Kill the Boer, hino usado por algumas etnias nas duas Guerras dos Bôeres. (outras ocorrências da música são retiradas do YouTube por “discurso de ódio”)
Sua letra diz “We are going to shoot them; they are going to run. Shoot the Boer; shoot them, they are going to run. Shoot the Boer. We are going to hit them; they are going to run; the Cabinet will shoot them with the machine-gun. The Cabinet will shoot them with the machine-gun….” – palavras extremamente semelhantes ao hino nazista, a Canção de Horst-Wessel, jurando vingança: “Kam’raden, die Rotfront und Reaktion erschossen, Marschier’n im Geist in unser’n Reihen mit” (“Camaradas, baleados pela Frente Vermelha e pelos reacionários, Marchem em espírito em nossas fileiras”).
Aliás, Nelson Mandela passou décadas no cárcere cumprindo prisão perpétua, mas foi solto. Com a pressão internacional (da mesma cultura ocidental mais parecida com o apartheid do que com qualquer cultura africana), o presidente J. W. Botha ofereceu-lhe a soltura em 1985, desde que prometesse não mais se envolver no terrorismo e na luta armada contra os brancos. O Prêmio Nobel da Paz recusou.
É ridiculamente fácil cair na esparrela de defender figuras carimbadas, identificadas como símbolos por todos, sem saber o que são de fato (o mesmo é válido para Che Guevara, Simón Bolívar e tantos outros tiranos fofinhos). Exige-se coragem intelectual para saber a verdade. Mas ela sempre liberta.
Ao contrário do que foi a África do Sul sob Nelson Mandela, até hoje sofrendo com as conseqüências de um terrível presidente.
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