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Da série: Vem meteoro!

Granado é multada por “maus tratos a animais” ao fazer desenho de leão em circo

Os leões desenhados sofreram muito. Como não temos crimes rolando no país, o MP cobrou R$ 55 mil para proteger os direitos humanos de leões desenhados. Pernalonga achou a decisão acertada

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Nem os leões e elefantes de mentirinha escapam ao amor incondicional dos ungidos membros do nosso poder público. O MP de Minas Gerais resolveu punir a empresa de cosméticos Granado por considerar que os desenhos com animais no circo feitos nas embalagens de produtos se enquadram no crime de maus tratos.

A decisão tem tudo para ser um marco nas histórias de faz-de-conta. ‘Chegou o momento de todos os bichos de mentirinha terem alguém para zelar pelo seu bem-estar’, disse Tom, o gato, que sempre sofre toda sorte de vilipêndios nos desenhos em que contracena com Jerry, o rato.

Dizem que o Coyote, do desenho do Papa-Léguas, também comemorou a decisão. “Todo esse tempo sofremos abusos por parte de desenhistas insensíveis que nos atiram de precipícios, nos atropelam com trens, nos explodem com dinamite”, disse o ressentido bicho e arrematou: “chegou a nossa hora.”

O documentário Fantasia deve ser proibido em todo país, pois mostra elefantes executando pliés e giratórias fora de sincronia.

O Cebolinha deve, em breve, mandar denúncia ao MP contra os maus tratos que o coelhinho da Mônica sofre sob o cuidado da dentuça.

Os Looney-tunes, representados por Pernalonga e Frajola acharam a decisão acertada, mas pedem cautela. “Isso pode se voltar contra nós”, disse o coelho. Frajola salientou que se tiver a chance de capturar o Piu-Piu fará dele um picadinho e não ira aceitar a interferência de MP nenhum, mas acha justo que os desenhistas que rotineiramente o colocam em apuros sejam processados.

A equipe da Hanna-Barbera deve se pronunciar também.

Após a decisão, as ações da ACME caíram e a produção de bigornas diminuiu sensivelmente.

O drama dos desenhos foi contada no épico documentário Uma Cilada Para Roger Rabbit, de 1988, dirigido por Robert Zemeckis.

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Assuntos:
Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

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