Digite para buscar

Caideira do inferno

Precisamos falar sobre Huck

Mídia anda obsessiva em emplacar o apresentador "loucura, loucura, loucura", mas teria mais sucesso com a Tiazinha

Compartilhar
hermes-lulu-huck

Já faz tempo que a imprensa oficial brasileira, incapaz de ver a realidade, manifesta apenas seus desejos mais perversos. Ideologia e ganância são seus combustíveis. Criam ídolos de barro com a mesma facilidade com que destroem biografias sólidas.

O fetiche bizarro da vez é Luciano Huck, APRESENTADOR DE TV. Embora Huck represente menos de 1% das más intenções de voto, circula muito bem nas redações de jornais e nos raros sanatórios especializados em loucos de pedra. 

Em Davos, Paulo Guedes deu um show. Como a imprensa inteira, mais atenta que defesa de time inglês, tem se dedicado a não deixar passar uma linha que seja para enaltecer o governo, desviou a atenção para seu novo Tamagotchi narigudo.

 

Logo logo, os jornais e seus leitores imaginários, jornalistas e seus motoristas de Uber imaginários, criarão as narrativas de que Huck é uma vontade do povo. Até putaria tem limite. Huck não tem absolutamente nada a ver com o povo, embora seu maior legado na vida seja a Tiazinha e a Feiticeira.

Mas Huck não é só um apresentador bem intencionado que foi alçado ao palanque por um povo sofrido e sem esperança. É uma fabricação rasteira de gente endinheirada e comprometida com a corrupção até as ancas adiposas. Até outro dia, Huck posava ao lado de toda a população carcerária dos crimes do colarinho branco do Rio de Janeiro. Hoje é aliado do maior conspirador da república, Rodrigo Maia.

Não podemos esquecer a mãozinha dada por Lula para que nossa celebridade global pudesse ter seu jatinho. Eleger Huck é trocar um corrupto de língua presa por um fantoche com nariz tampado. 

Numa rápida pesquisa sobre Davos no Twitter é possível constatar que toda a mídia varejeira estampa o rostinho desinteressante de Luciano Huck. “Foi chamado duas vezes de presidente”, ostentam as manchetes. Ora! Sou chamado de campeão toda vez que cumprimento o guarda aqui da rua.


Estão inflando os desejos de um sujeito frágil e incapaz. Tão logo a realidade se encarregue de mostrar que o queridinho do Projac não fará cócegas na campanha do Cabo Daciolo, a mídia lhe dará o costumeiro chute no fiofó. 

E só lhe restará voltar pro caldeirão e preparar novos feitiços na esperança de encontrar uma nova Dani Bananinha. 

————-

Conheça a importância da Primeira Guerra Mundial assinando o Guten Morgen Go – go.sensoincomum,org!

 

Assuntos:
Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

  • 1
plugins premium WordPress