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Lenin de pantufas

O PSOL e Marcelo Freixo precisam ser destruídos

Se você não quer o poder nas mãos dos bandidos, bolsa crack, verme boiando na água, dedo no toba e guerra de cocô como o ápice da arte brasileira, é seu dever acabar com o PSOL

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freixo-capitalista

“Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim.”

Millôr Fernandes

Enquanto a esquerda alternou-se no poder, desde que FHC assumiu o cargo em 1994, o Brasil vivia uma pujante e sólida democracia. Os roubos trilionários, o aparelhamento estatal que elevou a corrupção a níveis estratosféricos, a destruição de todos os valores morais, a explosão dos crimes, a aceleração nos números de homicídios e a ascensão social de todo tipo de bandido, foram só o acidente no caminho, o efeito talvez não tão indesejado de uma promissora democracia que renascia para colocar o país no eixo.

Para surpresa de todos (quem iria imaginar?), essa metodologia lúcida e muito humana de viabilizar todo tipo de crime acabou dando errado. O país se afundou e o povo – ora, vejam! – resolveu que era a hora de mudar de ares. Saía a esquerda criminosa e assumia a direita desajeitada.

Bolsonaro venceu e, para pânico dos parasitas no poder, resolveu trabalhar. Montou uma equipe de ponta nos ministérios, fugindo das habituais trocas de favor entre partidos. O país começou a engatinhar na direção contrária ao abismo. Isso foi a gota d’água para quem se especializou em destruir tudo para depois posar como mestre de obras.

Os tentáculos do crime, a imprensa, os artistas, os universitários, despertaram de suas catacumbas e lançaram-se em desabalada histeria contra o governo eleito. Desde janeiro de 2019, o governo foi arremessado em todo tipo de crise fajuta, com o único fim de desestabilizá-lo. A esquerda organizou-se e se fez resistência (risos, muitos e muitos risos).

O PT, enfraquecido por todos os escândalos de corrupção e pela sanha ilimitada de poder de seu líder supremo, parece destinado a falar com as paredes, embora não se deva descuidar de um partido que aprimorou à perfeição a habilidade de enganar até o Diabo.

Era necessário uma nova liderança, asseada, aparentemente limpinha. Com a repercussão da morte da vereadora Marielle, o PSOL surgiu como força nacional, embora não junte um caminhão e dois burros de carga com todos os seus eleitores. O partido parece ter herdado do PT as habilidades do engodo e do amor ao crime. Formado por uma variedade de tipos idênticos vindos da mais alta classe carioca, o partido assumiu a dianteira na tarefa de não deixar que o país cresça.

Num vídeo recente, seu líder, um tipo de Lenin com hobby de chambre e pantufas, Marcelo Freixo, destilou todo seu ódio e ressentimento contra o atual governo. Disse que não precisam resistir, mas destruir o governo Bolsonaro. Millôr nunca esteve tão certo. 

Freixo é o arquétipo do que, muito educadamente, se costuma chamar de merda. Nem toda a visibilidade midiática consegue inflar sua popularidade. É como se todas as emissoras desde o começo só dedicassem suas transmissões de futebol aos jogos do União da Serra da Cantareira e ainda assim ele continuasse o União da Serra da Cantareira. Com a aparência de um pedinte da Praça da Sé e a voracidade de 100 leões, Freixo só consegue enganar meia dúzia de tomadores de sol profissionais do Posto 9. 


Freixo tomou a frente contra a privatização da Cedae, a companhia de água e esgoto do Rio. Parece que água e esgoto são meio difíceis de distinguir por lá. Freixo quer que sua própria população beba esgoto. 


No Copacabana Palace, entre uma lagosta e um romanée conti, Freixo dá palestras sobre como salvar o mundo da ganância dos milionários. Nas modestas reuniões em coberturas de 500m² no Leblon, Freixo e seu séquito de ungidos riquinhos sem propósito, protegidos por seguranças bem armados, ao som de músicos decadentes e bastonetes de maconha, entabulam soluções idílicas para todos os problemas da humanidade.

A ambição da nata intelectual do PSOL é lucrar muito fazendo comédia lacradora para depois ficar chapado contra o capitalismo. Já Freixo quer muito mais, quer comandar o país todo chapado. Logo, essas altas aspirações da intelectualidade e do poder entrarão em choque. 

Freixo e seu PSOL precisam ser destruídos antes disso. 

 

Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

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