Durante pandemia do Covid-19, ao menos 50 mil brasileiros deixam de ser diagnosticados com câncer
70% das cirurgias de câncer foram adiadas. O medo é termos, daqui a meses, "uma epidemia de câncer em estágio avançado, inoperáveis", alerta Clóvis Klock
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A Sociedades Brasileiras de Patologia e de Cirurgia Oncológica estimou que ao menos 50 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer. Outros milhares de pacientes, que já tinham o tumor detectado, tiveram o tratamento suspenso, informou o Estadão na última quarta-feira, 13.
Para a entidade, dois fatores contribuem para o problema: o cancelamento de exames não urgentes devido a pandemia e o medo dos pacientes de se infectarem com coronavírus nos hospitais.
Do período de março até hoje, foram realizados 5.940 exames. Um numero muito abaixo em relação ao mesmo período do ano passado – 22.680 exames.
“Há serviços que ficaram uma semana inteira sem receber um único material para análise. O nosso medo é que tenhamos, daqui a alguns meses, uma epidemia de câncer em estágio avançado, inoperáveis, com baixa chance de cura”, relata ao Estadão o presidente do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Patologia, Clóvis Klock.
Paulo Hoff, diretor da unidade e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), também alerta que muitos dos tumores não diagnosticados durante a pandemia podem evoluir para um caso mais grave:
“Se já tínhamos problema de acesso e demora antes da pandemia, imagine acumular diagnósticos de quatro ou cinco meses e eles aparecerem todos de uma vez mais para frente. Teremos dificuldades para dar conta dessa demanda.”
Para tentar reduzir o agravamentos de casos de câncer durante a pandemia, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica preparou um documento com uma série de diretrizes para os hospitais. Uma delas é separar áreas de atendimento para pacientes com ou sem suspeita de coronavírus:
“Nem sempre temos tempo de postergar por alguns meses um tratamento de câncer. Por isso é importante os pacientes entenderem que dentro do hospital há alas separadas e segurança para fazerem os procedimentos quando necessário”, disse Sérgio Araújo, diretor médico do Centro de Oncologia e Hematologia do Einstein.
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