Jornal de Santa Catarina mapeia estátuas para serem derrubadas
Jornalista Lucas Paraizo do NSC, jornal que é transmitido por afiliada da Rede Globo, diz que até nome do estado e "estátuas de figuras controversas" ficam na mira para serem derrubadas como em outros países
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Aproveitando a onda de vandalismo, depredação de estátuas e revisionismo histórico promovidos pelos Antifas e Black Lives Matter ao redor do mundo, o jornalista Lucas Paraizo, do jornal NSC, publicou uma matéria na semana passada com o intuito de “informar” aos leitores que algumas estátuas de Florianópolis lembram figuras “polêmicas”:
“As estátuas de figuras controversas de séculos passados também existem em Florianópolis e trazem histórias que, para muitos, não deveriam ser homenageadas.”
Paraizo se vale da opinião de Rodrigo Stüpp, jornalista, guia especializado e intérprete de patrimônio, para indicar algumas estátuas e monumentos que talvez merecem a ira dos Antifas:
“Uma das figuras é Francisco Dias Velho, bandeirante fundador de Nossa Senhora do Desterro – hoje Florianópolis. O guia especializado na história de Florianópolis lembra que Dias Velho foi um “caçador de índios” e chegou na Ilha por volta de 1673 com indígenas escravizados”.
Na Praça XV de Novembro, outro monumento lembra um “episódio sangrento da história do Brasil”, a Guerra do Paraguai. O objetivo do monumento é homenagear os mortos na guerra, mas a obra esquece de “inúmeros escravos levados à batalha”.
“Um lugar que foi espaço do poder, a ponto de ser cercada e não deixarem negros entrarem. O fato de hoje ter ali um Cruz e Sousa gigante olhando pra essa praça de cima, traz um contraste”, destaca Stüpp.
Mais adiante, Paraízo pede opinião de Eliane Veras da Veiga, arquiteta e pesquisadora da memória urbana de Florianópolis, sobre o que fazer com tais monumentos “polêmicos”. Veiga afirma que “não existe resposta certa”.
Mas também diz, com certa timidez, que derrubar as estátuas pode “apagar da história as suas cicatrizes”. A arquiteta descarta a violência física dos monumentos, mas sugere que seria possível um revisionismo histórico com “novas placas, novos textos, para explicar como foi e como é hoje”.
Paraízo lembra que até o nome da cidade, Florianópolis, evoca na memória o derramamento de sangue de catarinenses e estrangeiros, pois o presidente Floriano Peixoto teria ordenado o fuzilamento de 185 pessoas para sufocar a Revolução Federalista de 1893.
“Por causa da chacina, até hoje o nome da cidade não é aceito por muitos”, lamentou o jornalista.
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