J.K. Rowling curte tweets questionando hormônios para “trans” e responde críticos

Na Inglaterra, cada vez mais jovens são encaminhados para tratamentos hormonais ou cirurgia de mudança de sexo para supostamente combater depressão e outros problemas de natureza psicológica.

No último sábado, 4, o portal Daily Wire relatou que ativistas da causa trans ficaram irritados com J.K. Rowling, autora de Harry Potter, por curtir tweets que criticaram esse método hormonal para lidar com problemas psiquiátricos.

Sophie, uma usuária do Twitter, escreveu na rede social que o tratamento é “preguiça pura daqueles [psiquiatras] que preferem medicar a dedicar tempo e esforço para curar a mente das pessoas“.

Hormone prescriptions are the new antidepressants. Yes they are sometimes necessary and lifesaving, but they should be a last resort – not the first option. Pure laziness for those who would rather medicate than put in the time and effort to heal people’s minds.

— That Guy Called Sophie (@SophieXY44) July 4, 2020

J.K. Rowling curtiu os tweets de Sophie. Os ativistas trans e pacientes medicados por esses métodos escreveram nas redes que ficaram ofendidos com a escritora por curtir as afirmações de Sophie.

I've ignored fake tweets attributed to me and RTed widely. I've ignored porn tweeted at children on a thread about their art. I've ignored death and rape threats. I'm not going to ignore this. 1/11 pic.twitter.com/hfSaGR2UVa

— J.K. Rowling (@jk_rowling) July 5, 2020

Em sua defesa, a escritora disse que muitos profissionais de saúde estão preocupados com adolescentes que lutam contra problemas psiquiátricos estarem sendo conduzidos para tomar hormônios ou cirurgia de mudança de sexo. Para Rowling, os riscos desse tratamento a longo prazo podem ser perigosos para a saúde desses jovens e os efeitos colaterais são frequentemente minimizados ou negados pelos ativistas trans:

“Muitos, inclusive eu, acreditam que estamos assistindo a um novo tipo de terapia de conversão para jovens gays, que estão sendo colocados em um caminho de medicalização ao longo da vida, que pode resultar na perda de sua fertilidade e/ou função sexual completa.”

A autora ainda ressalta que Sophie é uma mulher trans e aliada a causa feminista e apenas argumentava que antidepressivos eram prescritos em excesso para adolescentes no passado, com sérias conseqüências.

Mesmo depois das justificativas da escritora, os ativistas consideraram transfôbica a resposta de J.K. Rowling.

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