Quarentena da periferia faz crianças comerem apenas arroz
Enquanto defensores fanáticos da quarentena horizontal como Vera Magalhães comem bolinho de bacalhau com vinho de R$ 200 porque a vida importa mais do que a economia, a periferia passa fome
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A torcida do time Corona tem se alegrado a cada vitória da sua equipe.
A tática do time é impor quarentenas, acabar com a economia, fechar o comércio, supermercados e fronteiras estaduais. Tudo num tom de festividade que lembra a vitória do Brasil na Copa de 94.
Diferente dos partidários do Covid-19 que desfrutam de suas quarentenas pedindo delivery do Fasano, a realidade nas periferias do país é outra.
Lá não há time, nem torcida nem alegria. Enquanto alguns jornalistas comemoram a quarentena total em nome da saúde, a fome chega nas favelas, antes do coronavírus.
A Folha de S. Paulo publicou uma matéria ontem, 5, sobre crianças da periferia que já sofrem com a escassez de alimentos:
“muito autônomos sem carteira assinada, perderam renda. Agora, passam o dia ouvindo pedidos dos filhos que não conseguem atender, de iogurte a uma simples maçã”, afirma o jornal.
Existem cercas de 618 mil famílias em situação de extrema pobreza na cidade São Paulo, e o número está aumentando.
Rosângela, 36 anos, tem cinco crianças em casa, vive no bairro do Jardim Papai Noel, em Parelheiros, extremo sul do município de São Paulo, mora num barraco de madeira com chão de terra.
Rosângela conta à reportagem que sua geladeira está praticamente vazia – conta apenas uma panela de arroz, leite e margarina. As crianças sentem falta da escola não só pelo alimento diário garantido, mas também pela interação social com outras crianças.
Essa é a realidade de quem não é partidário do Covid-19. Agora que o governo de SP adiou a quarentena, mais famílias terão que enfrentar a realidade de Rosângela.
Mas parece que para a torcida do time Coronavírus, a pobreza faz parte da beleza do troféu.
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