Polícia prende advogado suspeito de uso de atestado falso para soltar presos durante pandemia

O advogado Leandro Horstmann foi preso pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por suspeita de falsificar laudo para revogar a prisão preventiva de Michel Garcia Colpes, que estava detido em Camaquã, Rio Grande do Sul, por homicídio duplamente qualificado.

De acordo com o portal GauchaZH, o advogado foi preso na semana passada, dia 16, no município de Gravataí, a polícia encontrou na casa do suspeito cerca de R$ 7 mil em dinheiro, além de três celulares.

A investigação de uso de atestados forjados começou porque áudios de Horstmann circularam em grupos de Whatsapp comemorando a libertação de um cliente com base em um “laudinho frio”:

“O plantão acabou de mandar uma decisão aí, de um cliente lá de Camaquã, imagina, cidade do Interior. Esse louco aí já responde um tráfico e lá em Camaquã tá respondendo um duplo homicídio qualificado, e apresentamos um laudinho frio, frio, friozinho, lá do hospital (diz o nome, que GaúchaZH preserva por estar sob investigação), mas bem feitinho, de diabetes, que ele tinha diabetes, e cantou (deu certo).”

O homicida Colpes foi solto pela Justiça com um atestado falsificado que o descrevia como portador de doenças crônicas, diabetes e cálculo renal, o que o se enquadraria em grupo de risco pelo coronavírus.

Após a suspeita de falsificação feita por Leandro Horstmann, o Ministério Público pediu a prisão de Colpes, mas até o momento não foi encontrado.

Em depoimento à polícia, o advogado nega as acusações.

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