Homicídios de mulheres negras aumentam 54% em 10 anos. Quem imaginaria?
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Uma manchete por aí: “Homicídios de mulheres negras aumentou 54% em 10 anos”.
Curioso fenômeno: ao ler as grandes preocupações da direita reacionária golpista elite loira de olhos azuis (sent from Guaianases), vê-se que eles (e apenas eles) estão alertando que o Brasil passou dos 64 mil homicídios por ano (ou seja, nesta década referida, foi mais de meio milhão de vítimas, cerca de 1 doze avos do Holocausto nazista).
Quantos esquerdistas demonstraram a mesma preocupação? Averiguamos rapidamente por aqui. Total: zero.
E quem mais sofre com homicídios? Para isto, basta um pouco daquele senso comum original de Thomas Paine, tão destruído pelos manipuladores do imaginário coletivo que ele se tornou um Senso Incomum, chocante e polêmico (e quase tabu) de se dizer.
Dica número 1: as principais vítimas são os pobres, pois pobres é que moram em bairros violentos, e não os ricos (logo, não é uma preocupação de ricos querendo proteger o próprio rabo).
Dica número 2: aumenta exponencialmente em estados governados pelo PT e partidos de esquerda.
Dica número 3: o número só aumentou após o Estatuto do Desarmamento, que agora inventa uma metodologia “e se?” para afirmar que, na verdade, desarmar o cidadão “evitou” não sei quantas mortes, que “teriam” ocorrido, e estatisticamente os caras têm dados das realidades paralelas, mas não dessa.
Bem, sendo pobres as principais vítimas, vê-se bem quem a direita protege: pobres, e não ricos (ou, traduzindo: moradores da extensa faixa que vai de Perus ao sertão risca-faca, e não o Marcelo Odebrecht ou a Gleisi Hoffmann, esta mulher tão brasileira).
Já a esquerda protege pobres se e somente se eles servirem de propaganda para algo como “feminismo” ou “racismo”, as novas palavras da vez para serem usadas como filtros culturais de interpretação da realidade – e como se mulheres negras morressem mais por serem negras e nas mãos de brancos racistas.
Não à toa que a dita manchete se foca em falar de “mulheres negras”, sem comentar que para cada mulher assassinada no Brasil, 9 ou mais homens também o são, e que não há um maior número de vítimas negras com algozes brancos do que de assaltos, assassinatos e latrocínios com vítimas negras e algozes igualmente negros (o oposto de cores de pele na primeira equação também é real, mas não tem razão de ser usado como estatística).
Apesar de ser usado como “estatística” para falar de racismo ou o tal “feminicídio” da “cultura de estupro” advinda da “sociedade patriarcal” que só se resolve sacando-se a bandeira (e, portanto, o discurso, a vestimenta, o cabresto da interpretação da realidade concreta, os candidatos, os blogs, as vítimas e os algozes) do “feminismo”.
Não existem vidas humanas cuja continuidade é sagrada para a esquerda. Existem grupos sociais separáveis que podem servir de massa de manobra para discursos pré-concebidos que garanta poder a políticos com visão “social” de reconstrução da sociedade. Vidas de mulheres, negras e pobres são apenas ferramentas para a esquerda.
Mulheres e homens, negros ou brancos, pobres ou ricos, homo ou hétero, são material para preocupação com a violência pela esquerda? 64 mil casos por ano não parecem mexer na sua sensibilidade, a não ser quando se trata de tentar associar cor de pele ou gênero, numa suposta “luta” ou “disputa” que só pode ser resolvida pela burocracia estatal e programas sociais – estes que rendem tantos dividendos a quem os aplica, e tão poucas migalhas a quem é por eles ludibriado.
Lembremos da policial militar Alda Rafael Castilho, 27 anos, negra, assassinada por ter escolhido uma profissão de responsabilidade e retitude no combate ao crime. Alda foi morta quando cuidava de uma UPP na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro. Seus assassinos comemoraram no Facebook (a morte de uma mulher negra) sem que o “Monitor dos Direitos Humanos” de Fábio Malini parecesse indicar qualquer risco de “crime” a ser “catalogado” pelo PT, tão preocupado em monitorar “discursos de ódio” de adversários da esquerda.
Quantos jornais de esquerda se horrorizaram com a sua morte? Quantas publicações de esquerda notaram que Alda morreu justamente por preferir o caminho do direito, e não o da violência? Quantas revistas de esquerda publicaram como manchetes que policiais têm uma chance de morrer quatro vezes maior do que nós, comuns mortais?
Não parece que Alda mereça algo da esquerda quando a esquerda conhece seu rosto. No máximo, serve como número para uma propaganda. Mas, por ser honesta, se torna inimiga deste discurso social, focado em alardear “racismo” e propor “feminismo” como solução para tudo.
A causa dos menos favorecidos continua sendo, ao contrário do senso comum plantado artificialmente no Brasil e no mundo, uma causa da direita.
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