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A queima de patos por petistas na Fiesp

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patos fiesp

Maloqueiros na Paulista contra o impeachment estão queimando patos na frente do prédio da Fiesp. Não patos vivos, mas imagens daquele famoso pato de borracha da campanha da Fiesp dizendo: “Não vamos pagar o pato”, contra a volta da CPMF. 

Pode parecer algo de somenos importância, mas apenas para quem não sabe que 99,999% da política é símbolo, 0,001% é quintessência.

Analise bem o ato simbólico: o pato representa o brasileiro sendo feito de trouxa, tendo de pagar mais impostos para pagar as contas do governo. Contas estas ilegais, mas também legais: a torrefação de dinheiro público com viagens, empréstimos, cargos comissionados, cabidões de empregos para os companheiros “trabalhadores”, investimentos em ditaduras – tudo by the book – recai sobre o bolso do trabalhador brasileiro, sempre tendo de pagar mais impostos sob a eterna desculpa do Estado de Bem Estar Social e da correção da “desigualdade”.

É, portanto, um símbolo de resistência individual e da supremacia da justiça sobre o poder político desenfreado.

Quando petistas queimam imagens do pato da Fiesp, o que querem dizer não tem duplo sentido: declaram in true colours que querem sim que a população trabalhadora pague suas mordomias. Que o povo honesto deve perder os frutos do seu trabalho para financiar os bolsos de quem só quer cargos políticos e benesses através do Estado.

Todo o palavrório criticando o mercado e enaltecendo o Deus Estado significa apenas isso: o medo terrível de ter de trabalhar com mérito e ser reconhecido pelo próprio trabalho, ao invés de se aboletar numa sinecura, as entidades estatais sem cuidado (sine cura) com o orçamento.

Sem isso, não haveria a crença na “corrupção do bem”, em acreditar que pedaladas fiscais são uma coisa positiva, que é uma coisa maravilhosa arrancar dinheiro de trabalhadores inocentes para um “plano econômico” que financiará a improdução e, sobretudo, os políticos e empresários amigos.

A palavra “fascismo” vive sendo usada no Brasil apenas como metonímia, sem saber o que é o fascismo na realidade. Se quiser um exemplo, veja os petistas queimando patos na Av. Paulista e entenderá.

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Assuntos:
Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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