Pela primeira vez, São Paulo deve ser governado por um partido do Foro de São Paulo
Fundação do PSB defende explicitamente que o socialismo seja implantado no Brasil.
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Porque pretende disputar uma segunda vez o posto de presidente do Brasil, Geraldo Alckmin precisa entregar o governo de São Paulo ao vice. Este se chama Márcio França, que já foi vereador, prefeito e deputado federal, sempre pelo Partido Socialista Brasileiro.
O “socialista” não está na sigla por acaso. Pois o PSB é uma das sete organizações brasileiras filiadas ao Foro de São Paulo. Mais do que isso, por intermédio da João Mangabeira, vem pregando um “retorno às bases ideológicas“. E, sim, isso inclui rasgados elogios ao sistema que matou seres humanos às dezenas de milhões, e levou nações ao colapso – tendo na Venezuela a vítima mais recente.
Como se tal experimento não tivesse fracassado em todas as tentativas, o documento preparado pela fundação comete parágrafos como:
“Cabe ao socialismo, como proposta política alternativa,
construir a perspectiva de uma política ética, com uma economia eficiente, sustentável, justa para todos os seres humanos e todos os seres vivos, onde todas as pessoas tenham real participação
cultural, econômica, social e política.”
O trabalho da fundação também ignora que não há faz sentido associar socialismo com democracia:
“Este Partido, porque Socialista, não se conforma apenas com um programa democrático, mas também com uma organização democrática, avessa a máquinas partidárias, a clientelas e a oligarquias.”
A demonização do capitalismo é uma contante:
“O socialismo defende um novo conceito de riqueza:
contrapondo-se ao conceito de riqueza construído pelo liberalcapitalismo…”
Assim como a demonização do liberalismo, sempre retratado como “neoliberalismo”, uma forma de passar a sensação de que a ideologia em algum momento foi vencida e enterrada.
“O neoliberalismo não cumpriu suas promessas e o socialismo reemerge como alternativa concreta para humanidade em um futuro pós-capitalista, na garantia aos povos da terra, da água, da soberania alimentar.”
Como se a esquerda brasileira não estivesse envolta no maior escândalo da corrupção da história, a João Mangabeira defendeu que tenha por bandeira a luta contra a corrupção:
“É essencial que os socialistas fortaleçam, publicamente, a luta constante contra a corrupção e os privilégios decorrentes da burocracia ou da falta de lealdade partidária.”
O texto é ainda explícito em defender que o socialismo seja implantado no Brasil, independente de que nada do que é dito encontre paralelo na história:
“Um governo socialista vai incentivar e implementar políticas de estímulo à pequena e média empresa, fundamental para geração de ocupações, e ao cooperativismo associado a iniciativas de economia solidária. (…) Nosso projeto de um país socialista passa por forte valorização da educação em todos os níveis, fortalecendo na educação superior o tripé ensino, pesquisa e extensão como motor da inovação e da ciência e tecnologia. (…) O desenvolvimento do país sob prisma de um ideal socialista passa por construir uma educação integral para todos/as. (…) Um governo socialista não pode governar sob auspícios de políticas macroeconomias neoliberais.”
É importante ressaltar que este não é um partido nanico aos cuidados de radicais. Trata-se de uma sigla que, além de quatro senadores, possui 32 deputados federais e dá suporte ao governador mais poderoso do país, ou àquele que é visto como um dos candidatos mais fortes na eleição presidencial de 2018. Sigla esta que, no momento da redação deste texto, aguarda ansiosamente o momento em que começará a governar São Paulo.
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