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O sangue é o poder

Jornalista da Folha compara facada em Bolsonaro a menstruação

Mariliz Pereira Jorge quis lacrar falando que Bolsonaro "amarelou". Lembrada que o deputado levou uma facada, reagiu: "Eu sangro todo mês e não morro"

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A jornalista Mariliz Pereira Jorge, da Folha de S. Paulo, discutiu com apoiadores de Jair Bolsonaro no Twitter após replicar a fala de Marina Silva no último debate, dizendo que Bolsonaro teria “amarelado” ao não ir no debate, mesmo com ordens médicas proibindo sua participação (e o próprio deputado afirmando que queria debater).

Mariliz postou em seu perfil no Twitter:

“Marina diz que Bolsonaro amarelou. Mandou bem. Amarelou mesmo.

Logo, foi obtemperada pelo óbvio – Bolsonaro, afinal, está se recuperando de uma facada, e em tempo recorde. Disse o perfil @P_Cury:

Queria ver qualquer um com um talho daqueles na barriga ir num debate. Menos …

https://twitter.com/P_Cury/status/1048039385441218560

A tréplica de Mariliz ultrapassou todas as raias do ridículo e da noção de realidade: comparar uma facada à sua menstruação:

Querido, eu sangro todo mês e não morro. Vcs não tem ideia do que é ser mulher.

https://twitter.com/marilizpj/status/1048041235129229312

Na ideologia feminista que contamina jornalistas incapazes de pensarem sozinhos contra a manada, basta invocar o fato de ser mulher para ser capaz de superar todos os sofrimentos do planeta – até uma menstruação é mais dolorosa do que uma facada, que por 1 milímetro (sic) não atingiu a veia cava, que certamente causaria sua morte. A facada atingiu a artéria mesentérica, uma das principais do intestino. O esfaqueador, segundo médico do hospital Albert Einstein, ainda torceu a faca dentro do corpo de Bolsonaro. Se o candidato tivesse chegado à Santa Casa de Juiz de Fora 5 minutos depois, quase certamente teria falecido.

Nós já falamos aqui: a retórica dos jornalistas é o principal incentivo à facada que Bolsonaro tomou. Jornalistas, que raramente leram um livro de ciência política disso que chamam de “direita” (no máximo, os resumos da Escola de Frankfurt na faculdade, sem travar contato com nenhuma obra básica sobre conservadorismo, que dirá as avançadas), pegam birra de alguém que consideram que devem xingar, já que todo mundo está xingando. A criatura se torna tão odiável porque, se todos a odeiam, certamente há algum motivo para ela merecer ódio, mesmo que ninguém saiba apontar qual, além de uma série de boatos, frases fora do contexto e fake news deslavadas.

É o que Mariliz Pereira Jorge apregoa agora. Uma facada que quase tira a vida de um pai de família, que tenta resolver eleições com assassinatos, é comparada às suas cólicas de todo mês. E não ousem discordar: ela sabe o que é ser mulher. Bolsonaro, esse monstro, nunca vai saber a dor que é.

https://twitter.com/JosyTellesVEVO/status/1048367126501908481

Ah, pouco antes, Mariliz também havia disseminado a fake news de Lauro Jardim (oh, surpresa), de que Eduardo Bolsonaro haveria “alugado o próprio carro”, pagando R$ 7 mil a si próprio. A mentira foi desmentida também no Twitter. Por algum mistério, a jornalista da Folha de S. Paulo sumiu a seguir.

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Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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