Explicando a briga 3: As denuncias e o contra-ataque de Santos Cruz
Após reveladas as denuncias contra Santos Cruz e o seu plano para destruir a reputação de Olavo de Carvalho, o ministro viajará para Dallas junto com Bolsonaro, além de seu ministério adquirir mais poder no governo. Será um contra-ataque de Santos Cruz?
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No capitulo anterior, o Senso Incomum explicou os ataques de Santos Cruz a Olavo de Carvalho e a denúncia do Crítica Nacional.
No episódio de hoje, novos personagens e situações inesperadas entram para o enredo.
Olavo de Carvalho grava um vídeo explicando, de maneira breve, a cronologia dos fatos e a cortina de fumaça que levantaram para desviar o foco do ato criminoso de Santos Cruz, de acordo com o Critica Nacional:
“Por que a mídia inteira e alguns senadores loucos estão defendendo o general Villas-Boas contra ofensas que NUNCA lhe fiz? Que farsa idiota é essa? A quem serve?”
O Critica revelou documentos – prints da conversa e email – que o general Escoto, em nome do ministro Santos Cruz, exige de Letícia Catelani a liberação de verbas para a participação brasileira em um festival de cinema no exterior:
O general Escoto, para O Antagonista, respondeu as acusações:
“quando o embaixador me ligou, entendi que era uma coisa que o Planalto queria a gente apoiasse, que resolvesse logo.”
Por que o Bolsonaro falaria para Santos Cruz, da SECOM, fazer uma ingerência na APEX, um setor que não é da SECOM, para liberar verbas ao sindicato de produtores audiovisual que são contra o governo e acreditam que Bolsonaro é fascista? Não faz nenhum sentido! O que leva crer que o gen. Escoto foi enganado ou sabia de algo.
Após esse episódio, Olavo se ausentou alguns dias das redes sociais, apenas concedeu uma entrevista a Boris Casoy, da RedeTV:
Em primeiro lugar, invoco o testemunho do próprio gen. Villas Bôas, pergunte para ele: gen. Villas Bôas, o sr. recebeu alguma resposta ofensiva de Olavo de Carvalho?
Santos Cruz também se ausenta de comentar qualquer assunto sobre as denuncias de Letícia Catelani e as acusações de Olavo de Carvalho.
Enquanto isso, as revistas Istoé e Veja simultaneamente atacaram o filósofo o chamando de imbecil a bobo da corte, além de culpá-lo por todos os desmandos da república:
Para variar, Lobão também se alista no exercito contra Olavo de Carvalho:
NANANI NANÃO ,QUERIDO FELIPE
OLAVO É UMA FARSA PERIGOSA.
A IMPRENSA AINDA NÃO SACOU SUA CAPACIDADE DESTRUTIVA, E O TRATA APENAS COMO UM TARÓLOGO BOQUIRROTO . MAS EU ESTOU AQUI PARA CORRIGIR ESSA FALHA NAÍVE.— Lobão (@lobaoeletrico) 11 de maio de 2019
Tudo ainda fica mais estranho ao saber que duas semanas antes, Lobão envia um e-mail fraterno a família Carvalho:
Lobão sempre pediu paz na direita e atacou Olavo o chamando de farsa. Por que apagou o incêndio com gasolina? Por que preferiu o ataque público do que resolver no privado? Não se sabe o real motivo.
No domingo, a Folha comprovou aquilo que Olavo disse sobre os generais usarem Villas Bôas para atacá-lo e diminuir sua credibilidade pública, todo esse plano foi feito às escuras sem a autorização ou conhecimento do presidente Bolsonaro:
A aposta era de que, por conta da credibilidade do general, o escritor fosse criticado pela opinião pública caso fizesse provocações contra ele. Para que a iniciativa não fosse brecada, o presidente não foi informado.
Eu mesmo achei inicialmente que @opropriolavo tinha exagerado ao afirmar que havia uma coordenação dos militares para atingí-lo, nesse episódio do Villas Bôas, mas a própria Folha, que pode ser chamada de tudo menos de “olavista”, traz a confirmação. pic.twitter.com/Ayh0HMmpFW
— Leandro Ruschel 🗣🇺🇲🇧🇷 (@leandroruschel) 12 de maio de 2019
Por que Folha, que é descaradamente contra Olavo, resolveu confessar o planos dos generais e mostrar que o escritor está certo? Existe algum interesse?
Após a Folha transparecer o planos dos militares, o governo aparentemente está num momento de calmaria antes da tempestade, como o próprio Bolsonaro disse:
“Talvez tenha um tsunami na semana que vem”
Alguns especulam que possa ser a demissão de Santos Cruz:
Se a tsunami anunciada por Bolsonaro for a exoneração de Santos Cruz, ele não poderá ser substituído por outro general, mas por alguém que entenda da coisa. O cara pra este posto é Paulo Eduardo Martins. Já falei!
— Bernardo P Küster 🐸 (@bernardopkuster) 13 de maio de 2019
Parece que o tsunami foi “atrasado” devido a viagem internacional de Bolsonaro aos EUA e a greve dos professores contra a reforma da previdência. De qualquer forma, Mourão rompe com o seu silêncio e faz questão de comentar um possível boato do presidente sobre demitir Santos Cruz:
“Eu acho o general Santos Cruz um cara excepcional. São decisões do presidente”
O Porta-voz da presidência, Rêgo Barros, também fez questão de desviar o foco do boato:
“A nomeação e exoneração de qualquer ministro é uma atribuição do senhor presidente da Republica. Esse assunto não está na pauta nesse momento. Por isso, o presidente comigo não fez nenhum comentário”,
O Antagonista revelou que no Agrishow, em 29 de Abril, numa reunião particular com alguns ruralistas, Bolsonaro teria dito as seguintes palavras:
“Olavo está certo, os militares estão contra mim.”
Se essa informação for verdadeira, o presidente Bolsonaro, o supremo comandante das Forças Armadas, entendeu a disputa de poder que o cerca no Palácio do Planalto.
Para aumentar ainda mais a tensão antes do tsunami, Carlos Bolsonaro aponta um plano para derrubar o presidente:
Onde estão os caras feias, os identificadores de problemas, os escritores de cartas para aliados “desbocados”? O silêncio não tem nada a ver com a descoberta de seus devidos lugares. O que está por vir, pode derrubar o Capitão eleito. O que querem é claro! https://t.co/9gARtuC63K
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) 15 de maio de 2019
Em uma publicação feita hoje (15), o presidente Bolsonaro definiu que nomeações para cargos em comissão e funções de confiança terão de passar pela Secretaria de Governo, ministério comandado por Santos Cruz. Essas atribuições só começarão a valer a partir de 25 de junho.
Além disso, o ministro viajará para Dallas junto com Bolsonaro.
Será que isso significa a permanência definitiva de Santos Cruz? Será que o ministro ficará após as denuncias de Leticia Cantelani e o plano revelado pela Folha? Será que esse é um contra-ataque de Santos Cruz?
Olavo de Carvalho, em entrevista ao Critica Nacional, declara que irá se ausentar temporariamente do debate político nacional:
Faça a sua aposta:
Continua no próximo episódio…
Ouça o podcast do Senso Incomum sobre os militares no governo:
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