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Racismo

UFRJ institui “escala cromática de Luschan” para determinar raças dos brasileiros

Para a esquerda brasileira, os pardos são os novos leprosos

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Félix von Luschan, racismo, UFRJ

No dia último dia 12 de fevereiro, em matéria do Jornal O Dia, a repórter Natasha Amaral trouxe relatos de estudantes pardos e mestiços que sofrerem preconceito ou foram humilhados por não serem negros o suficiente pela comissão de cotas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“O que essa comissão faz é absurdo. É uma galera despreparada, composta por alunos, professores e técnicos administrativos. Fazem um terror psicológico gigantesco. (…) Os avaliadores estão debochando, não têm postura para integrar o grupo. A pessoa lê a autodeclaração para uma câmera e eles ficam debochando, rindo. Não foi a primeira vez, e aconteceu o mesmo ontem”, afirmou um estudante que não quis se identificar.

“Eu não sei mais nem se eu posso usar esse termo (parda). Dizem que não sou branca, mas que também não sou preta. Eu me senti diminuída, senti que minha etnia foi negada. Minha autodeclaração foi ridicularizada. E me senti humilhada assistindo outros candidatos da minha cor serem considerados ‘aptos’ e eu ‘não apta’. Eu não sei o que fazer, mas vou recorrer.”, disse uma outra estudante que também não teve o nome revelado.

Para a colunista do portal G1, a antropóloga Yvonne Maggie, os técnicos “raciais” da UFRJ estão usando a escala cromática de cores de Félix von Luschan para definir quem é realmente negro.

Isso é um problema para o Brasil, pois, até os nossos caucasianos nativos podem ter ascendência negra. A miscigenação que ocorreu desde o nascimento da nação é histórica.

Félix von Luschan, racismo, UFRJ

Escala cromática de classificação de cor da pele, de Félix von Luschan.

Os penalizados, afirma a antropóloga, são os pardos e os mestiços – para o tribunal racial da UFRJ, pardos não têm traços fenotípicos “característicos”.


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Assuntos:
Oliver

Oliver é dropista, podcaster e palestrante. Twitter: @Oliver_talk

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