Estuprador estava no semiaberto. O problema não era o “punitivismo”?
De acordo com a narrativa de muitos formadores de opinião, o problema no Brasil é o "punitivismo", a punição aos bandidos. Uma cadeia teria evitado a triste história da menina estuprada pelo tio
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O caso da menina estuprada desde os 6 anos que foi convencida a realizar um aborto ganha contornos cada vez mais esperados para as pessoas normais, que não caem em discursos revolucionários. Como muitos já desconfiavam, o tio da menina K. foi encontrado, se entregou e estava no semiaberto.
Além de fazer um vídeo afirmando que também o avô e “filho do avô” (?) participavam dos reiterados estupros à menina, dizendo que era “consensual” (uma desculpa típica de pedófilos, que chegam até a se casar com suas vítimas), o criminoso tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas e porte ilegal de armas.
Em uma das “saidinhas”, o criminoso fugiu e permaneceu foragido por certo tempo. Depois, sua pena foi comutada para o regime semiaberto.
Curiosamente, a narrativa de boa parte dos formadores de opinião no Brasil foi apelar para clichês de fácil deglutição, como a culpa no “machismo”, no “patriarcado” e outras quimeras. Quase nunca no criminoso.
Estas mesmas pessoas criticam o “punitivismo”, ou seja, a “teoria” de que punir criminosos faz mal, porque a cadeia lhes faz mal. São as mesmas pessoas que aplaudiram Dráuzio Varella dando abraço em um estuprador que tacou fogo na vítima no Fantástico, já que ele agora se afirma “uma mulher trans”, e até fizeram uma vaquinha para ele, que amealhou muito mais dinheiro do que vaquinhas pedindo para cuidar de crianças com câncer.
Algumas até culparam a “extrema direita pedófila” (sic), afirmando que ela defenderia o estuprador (!).
Olha aí a turma do "Cadeia Não Resolve", do "Pedofilia Não É Abuso Infantil", do "Pedofilia É Doença", do "Criança Pegando em Homem Pelado no Museu É Arte" te acusando de defender pedófilo. pic.twitter.com/oW6uLLBdkd
— oiluiz (@oiIuiz) August 18, 2020
A tendência natural de toda a esquerda no mundo, como em clássicos como Dos Delitos e das Penas de Cesare Beccaria, Vigiar e Punir e A Sociedade Punitiva, de Michel Foucault ou Eros e Civilização de Herbert Marcuse, é diminuir punição a criminosos (são “vítimas do sistema”) e tratar qualquer freio próprio a comportamentos sexuais como um “obscurantismo fundamentalista repressivo” sobre a livre sexualidade alheia.
Tanto que a direita é que defende a punição rigorosa a criminosos (já ouviu falar em Jair Bolsonaro? em Sargento Fahur, Conte Lopes, Coronel Telhada?). A direita é que critica o semiaberto. A esquerda é quem o cria.
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