Digite para buscar

Cultura do cancelamento

Músico é cancelado pelo crime de ler um livro

Após elogio a autor de origem vietnamita Andy Ngo, guitarrista Winston Marshall foi chamado de racista por não concordar com o Antifa

Compartilhar
Turma do cancelamento faz músico se afastar de banda e pedir desculpas por ler livro

O guitarrista da banda inglesa Mumford & Sons, Winston Marshall, pediu afastamento da banda após uma horda de justiceiros sociais se sentir ofendidinha por ele ter tuitado que leu o livro “Unmasked: Inside Antifa’s Radical Plan to Destroy Democracy” (Desmascarados: Por dentro do Plano Antifa para Destruir a Democracia, em tradução livre), ainda sem versão em português.

O tuíte foi dirigido ao autor, o jornalista Andy Ngo, e dizia “Finalmene tive tempo de ler o seu livro importante. Você é um homem corajoso.”

“Justamente quando você pensa que chegamos aos confins da loucura cultural e da covardia que possibilita essa loucura, encontramos lugares ainda mais profundos para mergulhar”, diz o articulista Matt Walsh, em texto publicado no Daily Wire.

brasil paralelo

Walsh lembra que, em 2018, Marshall também foi alvo da fúria progressista tuiteira após convidar o acadêmico canadense Jordan Peterson – frequentemente acusado de transfobia, misoginia e islamofobia – para visitar seus estúdios em Londres.

“Aí está. Primeiro, Marshall tira uma foto com um psicólogo famoso, três anos depois ele lê um livro. A esquerda não podia permitir a este perigoso dissidente uma terceira chance. Se eles não o cancelarem agora, quem sabe o que Marshall faria a seguir. Ele pode errar o gênero de um brinquedo Cabeça de Batata. Não há realmente como dizer que tipo de ações covardes esse vilão pode fazer. Felizmente, a multidão canceladora foi capaz de controlá-lo sem muitos problemas.”, ironiza Walsh.

Depois de excluir o tweet “ofensivo”, o guitarrista emitiu um humilhante pedido de desculpas, reproduzido a seguir:

“Nos últimos dias, entendi melhor a dor causada pelo livro que aprovei. Eu ofendi não apenas muitas pessoas que não conheço, mas também as pessoas mais próximas de mim, incluindo meus colegas de banda, e por isso eu realmente sinto muito. Como resultado de minhas ações, estou dando um tempo da banda (…). Por enquanto, saiba que compreendo como minhas opiniões têm o potencial de serem vistas como aprovações de comportamento odioso e divisivo. Peço desculpas, pois essa não era de forma alguma minha intenção” (grifos nossos).

Mas Walsh lembra em seu artigo que pedir desculpas não causa efeito nenhum.

“É bem possível que, não importa como você reaja, eles virão e levarão seu trabalho, seu sustento e sua reputação de qualquer maneira.”

Leia o artigo de Matt Walsh na íntegra (em inglês).


Seja membro da Brasil Paralelo por apenas R$ 10 por mês e tenha acesso a horas de conteúdo sobre liberdade de expressão!

Entenda o pensamento do maior psicólogo da atualidade: Jordan Peterson – Entre a Ordem e o Caos!

Faça seu currículo com a CVpraVC e obtenha bônus exclusivos!

Conheça a Livraria Senso Incomum e fique inteligente como nós

Vista-se com estilo e perca amigos com a loja do Senso Incomum na Vista Direita

Assuntos:
Leonardo Trielli

Leonardo Trielli não é escritor, não é palestrante, não é intelectual. Também não é bombeiro, nem frentista, não é formado em economia e nem ciências políticas. Nunca trabalhou como mecânico e nem bilheteiro de circo. Twitter: @leotrielli

  • 1
plugins premium WordPress