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Veneno no café

Bruxa do 71 é cancelada por “normalizar a cultura de estupro” (sic)

Segundo gente com bastante tempo livre, personagem Dona Clotilde fomenta suposta "cultura de estupro" ao tentar conquistar Seu Madruga lhe fazendo bolos

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Já estamos vivendo numa sociedade tutelada. E nossos tutores, oriundos dos cursos de humanas, não têm nenhum apreço pela civilização ocidental, a única que os abrigou e ainda lhes deu poder. 

A transformação dos estudos da consciência em ideologia, amplamente sequestrada pela psicanálise, segregou a vontade própria a um mero jogo de estímulos pré-estabelecidos pela sua condição social, seu desejo sexual, a cor de sua pele, sua necessidade de uivar para a lua cheia ou seu IMC.

Dessa forma, negam que uma mulher negra hétero e um homem gay branco de olho claro que cresceram na mesma vizinhança tenham muito mais em comum, em termos comportamentais e psicológicos, do que pessoas com as mesmas características vivendo em locais diferentes, como Bornéu ou Jaú.

Prova disso é a uniformidade no pensamento dos que frequentam ou frequentaram os cursos de humanas, tanto aqui como na América. Não há uma única divergência quanto ao fato de que qualquer relação, por mais mínima que seja, é fruto de um reflexo condicionado por fatores como raça, gênero, tamanho da cintura e a preferência no uso do roscofe.

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São vários os agentes envolvidos. A dialética negativa frankfurtiana sedimentou o terreno da crítica de todos os valores civilizacionais, denunciando qualquer “bom dia” como forma de dominação. 

Assim, a mera estratégia para se conquistar alguém é vista como um crime hediondo. Para essas cabeças deformadas por tanto marxismo requentado, é proibido vestir uma roupa melhor num encontro, comprar flores, pagar a conta ou simplesmente oferecer um bolo em troca de alguma companhia. Nem um gambá sedutor escapa (sic).

O ideal é a recusa de qualquer resquício de conduta civilizada, restando ao paquerador borrifar seu próprio bafo podre no cangote da pretendente, deixar a sovaca marinando no próprio suor e vestir, se muito, uma bata de matriz africana. 

Não há nada mais opressivo do que ceder a hábitos assim. Todo indivíduo é complexo e muitas vezes contraditório. Sem nenhum filtro espiritual onde escorar seu desamparo, ele se torna refém do mais cruel barbarismo. Nossa civilização nunca esteve tão ameaçada.


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Assuntos:
Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

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