Nota da AMB contra tratamento precoce é refutada por entidades médicas
Entidades associadas à própria Associação Médica Brasileira solicitam retirada de assinatura de nota que pede banimento de tratamento precoce
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Entidades médicas do país que figuravam como uma das 81 signatárias de uma nota oficial da Associação Médica Brasileira (AMB) solicitaram a retirada de suas assinaturas do documento, informa a Gazeta do Povo (apenas assinantes).
No documento, os itens que geraram maior reação entre as entidades médicas foram justamente os que abordam o tratamento precoce e alguns medicamentos:
“7. Reafirmamos que, infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da COVID-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida.
8. Aos médicos, reafirmamos que o uso de corticoides e anticoagulantes devem ser reservados exclusivamente para pacientes hospitalizados e que precisem de oxigênio suplementar, não devendo ser prescritos na COVID leve, conforme diversas diretrizes científicas nacionais e internacionais. (…)”
Alegando não ter sido consultada a tempo de avaliar o teor da carta da AMB, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) publicou nota oficial dizendo que não poderá assinar o documento por este motivo.
Segundo a Gazeta do Povo, “Eduardo Baptistella, presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), também alega que recebeu um e-mail muito próximo à divulgação da nota, impedindo a consulta aos associados quanto ao teor do boletim, solicitou a imediata retirada da assinatura da entidade.”
Já a Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE) lançou uma nota oficial discordando especificamente dos itens 7 e 8 por “gerarem polêmica, não ser uma unanimidade entre nossos associados e ir de encontro a autonomia do médico.”
O mesmo fez a Associação Médica do Rio Grande do Norte (AMRN):
“Considerando (…) que esta Associação Médica do Rio Grande do Norte não poupa esforços para pleitear (…) a liberdade do ato médico, dando-lhe o direito ao exercício pleno da profissão, com obediência às regulamentações do Conselho Federal de Medicina, vem:
REGISTRAR que NÃO CONCORDA com os itens 7 e 8 do Boletim 02/2021 emitido pelo Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 da Associação Médica Brasileira, razão pela qual solicita sua EXCLUSÃO como signatária do referido documento.
De acordo com a Gazeta, a Associação Nacional de Médicos do Trabalho (ANMT) sequer chegou a ser consultada e definiu o caso como “um posicionamento equivocado tomado por uma minoria que não representa a maioria dos médicos.”
Após as reclamações, a AMB republicou o documento com as assinaturas apenas dos 16 membros do Núcleo Executivo – CEM Covid da AMB.
Em uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo (somente assinantes), publicada em 25 de janeiro, o presidente da AMB declarou que a associação se posiciona contra o tratamento precoce “não por razões ideológicas, políticas ou partidárias” e que o que leva médicos a receitar medicamentos é o passionalismo e a ideologia.
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