“Câmara de gás glorificada”: Suíça aprova cápsula de suicídio
Cápsula que se enche de nitrogênio até eliminar oxigênio, com forma de caixão e design futurista, foi aprovada em revisão legal na Suíça
Compartilhar
A Suíça poderá ser o primeiro país a utilizar o Sarco, uma cápsula de suicídio que mata o paciente por asfixia, apelidada por críticos como “câmara de gás glorificada”.
O aparelho foi desenvolvido pelo ex-médico australiano Philip Nitschke, diretor da Exit International, organização defensora da eutanásia.
Conhecido como Dr. Morte, Nitschke foi o primeiro médico do mundo a administrar, com respaldo legal, injeção letal em quatro pacientes terminais, em 1996.
A máquina da morte pode ser operada por dentro e funciona reduzindo o nível de oxigênio do interior da cápsula abaixo de um nível crítico. Segundo os desenvolvedores, o equipamento proporciona uma morte “pacífica e sem dor.”
O suicídio assistido é permitido na Suíça e, de acordo com o The Independent, cerca de 1,3 mil pessoas utilizaram serviços de empresas de eutanásia em 2020.
“A coisa toda leva cerca de 30 segundos. A morte ocorre por meio de hipóxia e hipocapnia, privação de oxigênio e dióxido de carbono, respectivamente. Não há pânico nem sensação de asfixia”, disse Nitschke ao Swiss Info.
“A pessoa vai entrar na cápsula e deitar. É muito confortável. Eles farão uma série de perguntas e, quando tiverem respondido, podem pressionar o botão dentro da cápsula ativando o mecanismo quando se sentirem prontos”, disse o Dr. Morte.