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Mises: quem é o economista que assombra o Brasil

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Um espectro assombra o Brasil: o espectro de Ludwig von Mises.

Nos recentes protestos de rua pelo país pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, e até antes deles, em algumas Universidades, faixas chamaram a atenção de desavisados. Diziam, em preto e branco: “Menos Marx, Mais Mises”.

Karl Marx é conhecido de todos familiarizados com o básico de história moderna, mas quem raios seria Mises, esta figura completamente incógnita da Academia, do jornalismo, da cultura e da política nacional?

Um pensador que esteja influenciando os movimentos que podem mudar os próximos rumos do país não deve ser ignorado. No entanto, com raríssimas e regionais exceções, não tem sido citado.

A mídia está tentando mapear os novos pensamentos políticos que estão surgindo devido à divulgação livre de informações na internet. Graças a ela, novas idéias vêm sendo aventadas por pessoas cansadas dos velhos esquematismos acadêmicos e do cânone hierárquico repetido, que parece incapaz de explicar as crises do mundo contemporâneo.

menos marx mais mises ruas

Muito se tem falado sobre uma “nova direita” e uma esquerda tentando se reinventar diante dela. Mas quando se fala nos liberais, os nomes citados são Adam Smith, pensador antigo e que não é a referência de quase nenhum dos liberais que estão surgindo, ou no máximo Milton Friedman, da Escola de Chicago, que tampouco é o economista sendo citado nas ruas e numa resistência intelectual.

 Alguns parcos comentários sobre Mises se espalham em blogs, quase sempre sem a leitura de suas obras, ou focando-se apenas em sua desafinação com Karl Marx – com análises as mais doidivanas sobre o que de fato pensa este economista.

A esquerda, muito mais afeita ao imaginário coletivo do que à frieza numérica da economia, acostumou-se a tentar extrair significado das palavras de seus próprios significantes, e também forneceu uma visão sobre o “movimento Mises” bastante peculiar.

menos marx mais mísseis

https://www.facebook.com/AlexandreBorrges/photos/a.542916875766128.1073741828.542868939104255/661593930565088/

Apesar de haver um think tank brasileiro com seu nome, o Instituto Ludwig von Mises Brasil (mises.org.br), os textos e livros do próprio Mises, todos gratuitos no site do instituto, ainda assim não são citados, preferindo-se comentar o que alguns apoiadores novatos escrevem em blogs ou redes sociais, evitando-se ao máximo lidar com próprio Mises.

Mises e a Escola Austríaca

 Autor de diversas obras, que se espalham por muitos assuntos, podemos acompanhar Mises com ajuda do livro O Poder das Idéias: A vida, a obra e as lições de Ludwig von Mises, de Hélio Beltrão (presidente do Instituto Mises Brasil), Rodrigo Constantino e Wagner Lenhart.

Ludwig von Mises nasceu em Lemberg (atualmente Lviv), na Galícia, hoje parte da Ucrânia, mas então região do Império Austro-Húngaro. Judeu, filho de um engenheiro que trabalhava em ferrovias, não era rico, mas fazia parte da ascendente burguesia que lidava com os empreendimentos privados e florescia com duas atividades com maior influência em fins do século XIX: ferrovias e bancos.

Da paixão pela História foi levado à Economia, base para o entendimento de fenômenos novos naquele mundo: como (e se) governos podem melhorar a vida do povo, quais as bases de conflitos étnicos e sociais, o que fez com que os europeus tivessem um melhor padrão de vida a partir do século XIX ou como melhorar o padrão da classe trabalhadora.

Escrevia em defesa da Escola Histórica de Economia, mas depois de servir na Divisão de Artilharia Imperial, conheceu a Escola Austríaca de Economia, sua grande rival, e se tornou seu principal nome.

Pouco tempo depois, já com vasta obra contrária ao avanço do poder estatal sob os totalitarismos (fascismo, socialismo e nazismo) e mesmo sob a chamada “social-democracia”, com sua aparente chuva de boas intenções, teria de se refugiar de Viena e fugir das tropas nazistas escondido para a América, por estar na lista de prisões dos nazistas. Seus bens foram confiscados pelos nazistas e Mises morreu sem reavê-los.

Podemos considerar a Escola Austríaca a mais “ortodoxa” da economia, não crendo em quase nada do que é trabalhado por outras escolas, como expansão artificial de crédito, incentivos estatais, manipulação monetária e afins. Enquanto diversas tendências econômicas fazem longos estudos, cheios de tabelas e infográficos, a respeito, por exemplo, da influência da inflação sobre a produção, os “austríacos” (nem sempre nascidos na Áustria) escrevem livros muitas vezes sem gráficos, rejeitando toda manipulação econômica que tente dar uma aparência de criação de riqueza ao que é maquiagem estatística.

Revolução marginalista

A economia clássica demonstrava seus erros na prática, como os de David Ricardo e John Stuart Mill (curiosamente, considerado uma espécie de “pai do liberalismo” pela esquerda, que o utiliza muito mais do que os liberais).

Estes economistas clássicos, que iriam influenciar a teoria da exploração que rendeu ao marxismo o seu apelo, não entendiam as causas do valor, crendo ser ele inerente às mercadorias. É o que fará Karl Marx comungar da superstição de que os preços são dados por uma equação de custo + lucro, e se os preços são altos e os pobres não podem pagar por algo, é porque os donos dos meios de produção não “trabalham” e exploram a “classe trabalhadora”, sem lucro sobre a mercadoria, que ficava com os donos do capital.

bohm bawerk teoria da exploraçãoA Escola Austríaca, desde Carl Menger e, depois, com Eugen von Böhm-Bawerk, percebeu algo que a tornaria distinta de todas as outras correntes econômicas. Para esta Escola, o preço de um produto ou serviço é subjetivo, sendo determinado pela relação entre oferta e demanda. Como os bens são escassos, o consumidor escolhe, e tal decisão subjetiva (porém racional) é que determina os preços.

É a chamada utilidade marginal, ou seja, o consumidor não escolhe o que vai comprar pela inteireza do produto, mas por quantidades pequenas, ou marginais.

O preço de um sanduíche, ao contrário do pensamento imediatista, não está em seus custos e num lucro que alguém poderia ter explorando o consumidor e o trabalhador. A primeira fatia de um sanduíche de R$ 10 é mais importante, e muitos consumidores poderiam pagar até R$ 5 apenas pelas primeiras fatias. Com sua fome se saciando, cada fatia vale cada vez menos, até que um excesso seria até negativo – alguém não as receberia nem de graça.

Para satisfazer seus desejos, consumidores fazem pequenos ajustes na margem de decisão, o que é definido pela lei de utilidade marginal decrescente. É por isso que produtos indesejáveis perdem seu preço no mercado, mesmo com custos de matéria-prima e mão-de-obra, e outros são tão desejáveis que se tornam artigos de luxo mesmo sem o equivalente em custos – do contrário sumiriam do mercado.

O marginalismo como teoria de preço põe em xeque a famosa teoria da mais-valia de Marx: não estando o preço na mercadoria, sua “conta” sem números cai na crença de que preços altos são pura maldade, e não uma relação entre desejo de pessoas e escassez no mercado.

Não à toa, regimes políticos calcados em princípios marxistas (muito mais comuns à esquerda “democrática” do que se crê) caem fortemente no problema da escassez, sempre culpando ameaças externas (e liberais), como o “embargo americano” sobre Cuba (embargo este calcado no pressuposto de que o mercado faz tão bem para os pobres, aumentando os produtos e diminuindo os preços, ao contrário de uma economia estatal, que se pune a ditadura cubana justamente proibindo-a de praticar livre comércio).

Intervencionismo e Bancos Centrais

 Outra idéia que estava sendo aventada na época era o fim do padrão-ouro, comum à boa parte da Europa até o século XIX, e que estava sendo trocado pelos Bancos Centrais.

Pelo padrão-ouro, o valor de uma moeda em uso era praticamente imutável, não sofrendo inflação por séculos, já que cada quantidade de moeda equivalia a uma determinada quantidade de ouro (um bem raro, desejado e que não altera seu valor conforme manipulado, como o diamante).

Desmantelado o padrão-ouro, inicia-se a era dos Bancos Centrais, que imprimem moeda conforme outros paradigmas. Cada moeda impressa sem correspondente produção de riqueza significa uma circulação de dinheiro artificial, que pode dar uma aparência momentânea de movimentação econômica, mas logo gerará crises.

joker dollars burningQuase a totalidade da discussão econômica a partir do século XX são estudos os mais variados sobre impactos da impressão de moeda em determinadas atividades, gerando as famosas tabelas dos jornais. A Escola Austríaca simplesmente se recusa a ver função em tais bancos.

Os Bancos Centrais imprimem moeda pois o Estado não é um criador de riqueza, como um fazendeiro, um inventor ou mesmo um intelectual, que produzem algo desejável, de alimento e mercadorias a idéias, onde antes nada havia a ser desejado, senão terra, matéria-prima ou folhas em branco.

Quando os agentes humanos operadores do Estado, os burocratas, querem dinheiro para algo, podem confiscar algo, o que gera revolta, podem aumentar impostos, que gera desconforto político e, nas modernas democracias, exige aprovação do Parlamento, ou podem imprimir moeda. Diluído no valor de cada nota impressa (uma nota de R$ 100 na verdade pode estar valendo R$ 80), cada pessoa paga algo ao governo através de inflação sem perceber.

As pessoas entendem intuitivamente como funciona um imposto, mas não entendem como são os ciclos inflacionários. Crêem que a inflação é um dado da realidade, um fato como o sol e a chuva, e não algo criado e causado pelos governantes em que votam.

A inflação dá poder e dinheiro de maneira oculta aos burocratas, subtraindo este poder de compra da população. No dizer de Henry Ford, “se as pessoas compreendessem o nosso sistema monetário e bancário, teríamos uma revolução amanhã de manhã”.

Este foi o meio principal de aparente “criação de riqueza” através da chamada moeda elástica do século XX, e a gênese do que chamamos hoje de “social-democracia” – o Estado Babá, Estado inchado regulando a economia por impostos e centralização da moeda.

Não por mera coincidência, foram os Bancos Centrais que financiaram as mortíferas máquinas de guerra do século XX, permitindo que governantes gastassem com orçamentos caros para trucidar seus adversários. A guerra, neste século, sempre foi acompanhada de inflação, e não necessariamente de impostos e esbulho.

Um governante cheio de “intenções sociais” pode usar do intervencionismo para aparentemente “dar” dinheiro aos pobres tirando-o dos ricos, ou imprimir moeda para maquiar a produção e circulação de bens – ou nos chamados programas sociais, por exemplo.

Economistas falam muito pela ótica da moeda inflacionada. Mesmo economistas liberais, como os “Chicago Boys” de Milton Friedman, aceitam os ditames da moeda elástica. O problema natural é que uma aparente fartura dessas não pode durar muito: é como colher sem plantar. Logo fica patente que o dinheiro em circulação não corresponde à produção, e pelo marginalismo e pela lei de oferta e procura, logo os preços sobem novamente.

Qualquer semelhança com a realidade atual do Brasil não é mera coincidência: Mises, assistindo a cena da década de 1930, já sabia que anos de “investimento social” sem produção, de “distribuição de renda” e de intervenção estatal na economia gerariam a crise econômica monstruosa pela qual passa o governo Dilma Rousseff em 2015.

Crê-se que um governo intervencionista como o do PT faz investimentos sociais, mas sofre crises por ainda ser capitalista. Bem o contrário: a crise que sofre agora é apenas o fim da década de maquiagem de contas pela qual sempre sofrem as ditas “sociais-democracias”. Abra os jornais, todavia, e lerá o contrário, sempre com dados tirados da cartola – ou da própria propaganda partidária.

Praxeologia

 O principal livro de Ludwig von Mises, o cartapácio Ação Humana, sem nenhuma tabela, não tem este nome à toa. A economia, ao contrário da história, não é uma ciência do passado e dos dados já acabados. O homem é um ser de ação, e até quando não age sua inação é uma escolha. Ação pressupõe desconforto, a tentativa de migrar de uma situação menos satisfatória para uma melhor, segundo uma avaliação subjetiva do agente.

A ação (práxis) humana não é empírica, mas calcada em axiomas universais, dos quais podemos dispor a priori. Segundo Ayn Rand, “um axioma é uma proposição que derrota seus oponentes pelo fato de que eles têm de aceitá-la no processo de tentar negá-la”. A economia, antes do estudo da ação humana, a praxeologia, tenta encarar a criação e a ação do homem emulando as ciências naturais e a história, ao invés de perceber que o processo de decisão, que afetará toda a economia, exigia uma nova ciência.

Por fim, o socialismo

 Mises tem um dos mais bem-acabados livros sobre o fenômeno do século XX, seu gigante estudo Socialism. Além de todas as críticas conhecidas ao socialismo como sistema político, o economista austríaco aplica suas teorias de preço, ação e conhecimento a tal sistema.

A estatização dos meios de produção é uma espécie de retorno a uma autarquia, uma economia “familiar” auto-sustentável, sem trocas livres entre indivíduos.

Isto possui dois erros fatais. O primeiro é acabar com o poder decisório do consumidor, que pode favorecer quem lhe satisfaz e não dar seu dinheiro e os frutos de seu trabalho a quem não vai, como estuda a praxeologia, melhorar sua vida.

O segundo, ainda maior, é que os produtores, no livre mercado, precisam satisfazer os consumidores com base no mecanismo de “recompensa” que estes lhe dão livremente ao pagarem por seus produtos.

mises-freshdesignerNuma economia planificada (e mesmo o “capitalismo” com intervenção econômica da social-democracia), o produtor não tem nem como conhecer a demanda caso queira (pulverizada por milhões de agentes, e não concentrada nos burocratas estatais), e fica sem saber o que produzir, já que a distribuição será compulsória e central, e não pela livre escolha de agentes racionais. É o chamado problema do cálculo econômico do socialismo.

O preço variável, portanto, não é apenas maquiavelismo de produtores quando algo fica escasso. Preço também é informação. Por exemplo, se o petróleo entra em crise (digamos, uma greve dos distribuidores), o preço da gasolina aumenta para R$ 5 o litro em questão de um dia.

Não é porque o produtor está querendo se aproveitar e lucrar mais (mesmo porque não lucra, com menos compradores dispostos e menos mercadoria a vender). É porque se não aumentar, muitas pessoas vão aproveitar para abastecer os dois carros que manterão em casa, enquanto ambulâncias, carros de polícia e de bombeiros ficarão sem combustível quando chegarem aos postos. O sistema como um todo é subjetivo, mas racional e funcional.

Ignorando tal mecanismo e apelando para uma suposta maldade de empresários e produtores, o socialismo nunca consegue produzir o que sua população demanda, causando sempre fome e escassez (além da repressão política conhecida). Com bens escassos e uma demanda variada entre milhões de agentes, o resultado são sempre prateleiras vazias, racionamento e desperdício. Tentativas de congelar preços agudizam o problema, tentando negar ainda mais a realidade através da força do veto e da canetada.

Polilogismo

 Em 1944, Mises escreve Omnipotent Government, sobre a idolatria ao Estado que levou ao nazismo na Alemanha. O livro seria inspiração fundamental para o maior filósofo político e um dos maiores filósofos da humanidade, Eric Voegelin, que já havia escrito o seu clássico contra o coletivismo e o totalitarismo Hitler e os Alemães.

Mises mostra que nazistas e marxistas, além de um sistema econômico e político muito próximo (algo evidente para a época, mas que foi apagado de nosso imaginário coletivo pela pecha de “extrema-direita” dada a posteriori para o nazismo pelos socialistas ingleses), também comungam do polilogismo, talvez o mecanismo de discurso mais patente no Brasil da nossa década.

É a crença de que o pensamento é determinado pela classe social da pessoa, e o raciocínio não produz verdades, mas ideologias (os nazistas apenas trocam “burguês” por “judeu”, e hoje ambos se tornaram o “coxinha”).

É o que os marxistas chamam de interesse de classe: assim, mesmo com toda a argumentação que vai acima, Ludwig von Mises não deve ser lido, porque é uma ideologia da “classe dominante”. Tudo o que é preciso é “denunciar” a suposta “classe” de seu autor.

Daí o apelo das várias formas de coletivismo, seja de classe, raça ou nação. O polilogismo faz crer que cada coletivo de indivíduos, nação, classe, raça ou afins, possui uma verdade própria, interna e auto-afirmada, sem objetividade externa. Cada um tem a sua própria economia, matemática ou física.

Tal como os marxistas tentam refutar Mises acusando-o de ser “burguês”, os nazistas também podiam facilmente criticar o mesmo Mises por ser burguês e ainda judeu. Sua teoria não seria uma análise da realidade, mas apenas uma ideologia para dar poder a esta “raça inferior”.

O coletivismo renasceu com força ainda maior neste começo de século XXI, até mesmo com grupos se instituindo “coletivos” em Universidades, para “representar” grupos auto-definidos coletivos com ânsia vitimista e vingativa. Não produzem conteúdo racional e argumentativo, mas apenas procuram traçar uma linha entre os pertencentes ao coletivo e um restante da humanidade não merecedor de quaisquer direitos.

Até na retórica Mises foi profético sobre quais seriam os inimigos do século XXI.

Amar ou odiar, mas ler Mises

Com isto não pretendemos de forma alguma substituir a leitura das grandes obras de Ludwig von Mises, considerados pela vasta maioria dos que conhecem sua obra (quase sempre sob uma montanha de estranhamento inicial) como o maior economista de todos os tempos.

mises brownApenas fica patente o desconhecimento do pensador que muitos conheceram apesar da Academia, e não graças a ela – no máximo, através de um grosseiro resumo de suas idéias, que não são óbvias, fáceis e não oferecem respostas às quais podemos ignorar com facilidade, ou refutar escorando-se na própria Academia.

Muitos jornalistas, que apenas conheceram as teorias de comunicação dominadas pela esquerda na faculdade, hoje se assustam com uma “onda conservadora” ou ficam confusos com a “nova direita” que, ao contrário dos preconceitos que aprenderam de esquerdistas, não é comedora de criancinhas, nazista, defensora de ditaduras ou viciada em espancar mulheres e gays.

Até mesmo “críticas” a Mises apareceram, mas sejamos francos: quantos palpiteiros críticos do liberalismo conhecem o que vai acima? Será que sabem mesmo do que estão falando, ou apenas usam um espaço conquistado na imprensa para dar ar de autoridade a preconceitos e desconhecimento?

Talvez tenha passado do tempo para, concordando ou discordando, saber o que pensa essa nova onda que está mudando o país. Para isto urge saber que seus princípios não estão perdidos no liberalismo clássico, mas no rigor da Escola Austríaca.

Que seja um convite para se ler Ludwig von Mises.

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Assuntos:
Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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