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Meet the parrot

Vera Magalhães chama topada no cocuruto de ato de selvageria. A própria repórter supostamente agredida desmentiu a datilógrafa

No mesmo tuíte, Vera ainda defende a prisão de quem se manifestou contra o ministro Alexandre de Moraes

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A suposta datilógrafa, jornalista profissional, Vera Magalhães, tentou emplacar mais uma mentira em seu Twitter, que é uma espécie de diário de uma paranoica. Vera, naquela língua que parece português, mas com toques de cominho, óleo de rícino e tinta guache, escreveu:

“Inaceitável. Agora serão semanais esses atos de selvageria incentivada pelo poder? Isso precisa parar. Não prenderam os que ofenderam o ministro Alexandre de Moraes? Para os agressores de jornalistas também há de haver investigação e punição.”


O tuíte da “Band Jornalismo” diz que a repórter foi agredida durante ato em Brasília. Esperar a verdade dos meios tradicionais de informação é como esperar que Dilma ordene corretamente uma oração com sujeito, verbo e predicado ou que Neymar passe um jogo inteiro sem cair.

Vera, que sempre faz questão de dizer que é jornalista, e profissional ainda, não fez o básico que se espera: averiguar a informação. Vera dá todos os indícios de possuir aquele temperamento irritante de quem não espera você terminar uma frase e já vai logo deduzindo o que você quer dizer.

No vídeo da agressão, a própria repórter supostamente agredida desmente a datilógrafa e a própria empresa. Aqui cabe uma breve análise psiquiátrica da senhorinha Vera Magalhães. Só uma pessoa absolutamente desconectada do mundo que exala cheiros pode considerar aquele esbarrão, mesmo que tenha sido proposital, um ato de selvageria.

A chave para entender Vera está na criação do seu idioma paralelo – em que “atos são incentivada”. Quem vive num mundo paralelo precisa de uma linguagem paralela.

Mas mais aterrador ainda é que ela, autoritária como uma ratazana, defende a prisão de manifestantes contrários à sua cegueira de mundo. É preciso urgentemente barrar a sanha ditatorial dos ressentidos que perderam o poder. Ou eles promoverão uma verdadeira carnificina.


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Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

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