FBI prende espiões chineses acusados de perseguir dissidentes na América

O FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciaram na manhã desta quarta-feira, 28, em Nova Iorque, o indiciamento de oito pessoas, acusadas de serem agentes ilegais do Partido Comunista Chinês. Cinco dos oito acusados já estão presos, pois também são acusados de perseguição e assédio interestadual e internacional.

As investigações se iniciaram há alguns anos, após denúncia de uma das vítimas ao FBI. Joe Doe-1, residente legal nos EUA foi perseguido e assediado pelo grupo. Os agentes ameaçavam a integridade de seus familiares e davam a Doe-1 duas opções: retornar à China ou cometer suicídio. Os acusados chegaram a levar à força o pai idoso da vítima aos EUA.

“As acusações de hoje refletem mais um exemplo do comportamento criminoso generalizado e recorrente da China”, afirmou o diretor do FBI, Christopher Wray (foto), na coletiva em que apresentou as denúncias. Segundo o FBI, os oito réus agiam sob o comando de funcionários do governo da China e faziam parte do que o Partido Comunista Chinês chamou de Operação Caça à Raposa.

“É importante entender que a Operação Caça à Raposa faz parte da campanha de roubo e influência maligna do governo chinês. A China está violando leis e normas, promovendo desde ataques cibernéticos que visam nossos dados e informações pessoais até espionagem que visa nossa propriedade intelectual e nossos segredos comerciais”, declarou Wray, afirmando também que os chineses estão usando essas informações para ganhar poder econômico e político, e aumentar sua influência global.

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