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Site novo

Surpresa!

Estamos de cara nova. Depois de meses, resolvemos tomar um banho de loja e passar um bom desodorante.

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O Senso Incomum está de cara nova, in case you missed it, e isto tudo graças a vocês!

Nosso intuito foi sempre ter um portal profissional, espécie de think tank, de divulgador de idéias, de central unificada de polêmicas.

Você já conhece o conteúdo de primeira qualidade, feito pelo melhor time de colunistas e por crianças chinesas escravizadas, temperado com humor de gosto discutível. Agora tudo isto ainda vem numa embalagem profissional, que não dói aos olhos, e que você pode compartilhar com seus amigos mais afrescalhados sem medo de passar vergonha.

Éramos feios, mas éramos limpinhos. Agora já somos feios arrumadinhos. Tudo isso graças a vocês!

gleisi-hoffman-antes-e-depois

Claro, ainda não estamos 100% e falta muito a ajeitar, nossa proa está toda esburacada, mas contamos com a já conhecida colaboração e paciência de nossos leitores para terminarmos a reforma de nosso puxadinho neoclássico.

O Senso Incomum e o senso incomum

A idéia por trás do Senso Incomum é resgatar os valores da realidade objetiva. Um retorno àquelas verdades acessíveis a todos, não por grandes abstrações e teorizações acadêmicas, mas justamente aquilo que é perdido por toda a verborragia das classes falantes. Edmund Husserl deu seu grito de guerra fenomenológico: „Und nun zu den Sachen selbst!” – “De volta às coisas mesmas”. Não há lição mais importante e caminho menos obrigatório em nossos dias.

Thomas Paine foi o primeiro a formatar tais verdades na modernidade com sua filosofia do senso comum. Em sentido mais reduzido do que o sensus communis medieval, trata-se antes de uma limpeza, uma purificação de tanto cacareco que está em nosso vocabulário, desviando em nossa visão de mundo, emporcalhando nosso contato com a realidade, cada vez mais mediado por ideologias, modismos, pensamentos de grupo.

crime-punishment-1935Sofremos hoje daquilo que os americanos chamam de peer pressure: a pressão dos pares, dos amigos, dos professores, do aceito, obedecido e imitado em determinados ambientes. É impossível conversar livremente sobre determinados assuntos. Rótulos, variando de “radical” e “extremista” a acusações de “preconceito” e “discurso de ódio” nos condicionam a prender nosso pensamento em uma gaiola de palavras, raciocínios, temas e fontes aceitos pela onda do momento. Agrilhoando nossas permissões a uma meia dúzia de ritos a serem cumpridos e expectativas a atender de nossos julgadores.

Nada disso se verá nas páginas do Senso Incomum. Aqui, não há espaço seguro: a aventura da vida não é para fracos. A busca da verdade exige luta, sangue, feridas. Aquele que tenta compreender o mundo não pode seguir formalismos acadêmicos, teorias manjadas, conclusões prontas. Não se pode temer não ofender alguém. Não esperamos concordância imediata: nosso objetivo é a reflexão, é o choque, é a o inesperado. Não espere não se ferir. Não tente saber de algo sem se ofender.

Infelizmente, aqueles que mais seguem tal comportamento de manada, boiando nas ondas do momento, à deriva de qualquer vento aleatório a jogá-los para lá e para cá, são justamente os que se acham “críticos”. Que acusam qualquer busca da verdade fora de sua ritualística um tabu a ser extirpado sem discussão.

Viemos acusar os acusadores. Viemos desnudar as crenças dos céticos. Viemos apontar os tabus dos profanos. Viemos criticar os críticos com medo de crítica.

A maior deficiência que o mundo adquiriu com o pensamento de manada, seguindo a corrente obedientemente e se considerando livre e “crítico” recentemente é que se perde, justamente, este senso comum, estas verdades óbvias e, elas sim, inquestionáveis. 2 e 2 são quatro. É preciso plantar antes de colher. O homem que trabalha e economiza é mais justo do que quem dá golpes e rouba.

Quanto disso foi perdido pelas ideologias, pelos novos –ismos, pela tentativa de agradar nossos pares julgadores?

É este senso comum, em sentido filosófico, que buscamos resgatar. Nossa normalidade foi roubada, nosso contato direto com a realidade e a verdade objetiva foi trocado por uma aceitação da corrente. Antes de argumentos e silogismos, os próprios termos com os quais descrevemos a vida concreta estão contaminados. Nosso senso comum se tornou incomum – por isto o nome de nosso site.

Uma âncora contra a corrente

Senso Incomum Âncora

É também por esta razão que usamos uma âncora como símbolo. A âncora é o que dá sustentação em mar aberto, é o que permite uma solidez em meio à corrente.

Se as opiniões fossem líquidas, a correnteza de “pensamentos” prontos deixaria os navios à deriva. É preciso uma sustentação firme para não sucumbir às correntes que nos prendem – e nos mandam direto para precipícios. São as correntes que agrilhoam o pensamento, que não corre livre, precisando obedecer a quem lhes alimenta, jurando que está lhe garantindo liberdade.

Apenas com uma âncora se pode atravessar um mar. É com a solidez contra a corrente que se navega para mais longe.

Odisseu-Cila-CaribdisFoi usando uma âncora (ou, no caso, cera nos ouvidos, e se amarrando ao mastro do navio) que Odisseu pôde resistir ao canto das sereias, aquela sedução que nos desvia do nosso rumo e prumo, a aparência enganosa e prazerosa – escondendo a horridez de quem nos quer devorar. Foi com uma âncora que Odisseu atravessou Cila e Caríbdis.

É sem nada profundo e sólido que nossos pensadores seguem a corrente, não dizem nada novo e terminam se desmilinguindo na boca sedutora que eles próprios defendiam. Apenas com uma âncora podemos ser nós mesmos, e não bóias a deriva das ondas do momento.

Pensando contra a corrente é que os grandes marinheiros descobrem os grandes tesouros.

Novidades

O novo layout vai permitir muitas coisas novas no Senso Incomum.

manowarTodos nós aqui no site somos trabalhadores honestos e humildes, que lêem Aristóteles, falam alemão, entendem de semiótica e romantismo inglês, mas vão pro bar da esquina, jogam dominó com os aposentados, bebem Velho Barreiro e assistem Ituano versus Penapolense fumando Plaza. Assim, precisamos de um layout machão, de quem cresceu tomando meio pote de Biotônico Fontoura por dia, ouve Manowar e pilota motos com jaqueta de couro.

Mesmo assim, nosso layout é responsivo, interativo e mais todas essas palavras chiques que agradam quem entende de corporativismo de página de internet. É um equilíbrio difícil entre ser humilde e trabalhador e ao mesmo tempo convidativo aos modernos, mas cremos ter atingido algo que agrade a todos.

Com este novo layout, além de não passarmos vergonha em rodinhas, jantares caros e encontros com gente cujo terno custa a nossa casa, temos finalmente uma cara de portal, e não de textos amontoados um por cima dos outros, sem distinção.

Graças a isso, teremos nossos costumeiros longos artigos, mas também Drops, textos curtos, comentários rápidos, sem perder assuntos do momento e questões urgentes que não demandem análises mais lentas, demoradas e aprofundadas.

Também temos muito mais a apresentar no site, logo de cara. Temos agora também uma diferenciação dos posts por categorias, que não eram visualizadas nos layouts anteriores. Isto permitirá uma navegação zilhões de vezes melhor.

Temos ainda a seção Mais lidas, que apresentará o site para quem acabou de conhecê-lo. Também ajeitamos os textos recomendados, no fim de cada post. Ficou mais fácil encontrar nossos Autores (e autores novos estrearão nos próximos dias!), além de darmos destaque para nosso Podcast, que agora será semanal. Nossos textos também têm cabeçalhos e rodapés profissionais e estilizados. E já estamos lançando nossa Newsletter, atendendo a uma enxurrada de pedidos!

E, claro, vem muito mais por aí!

Precisamos de vocês

Toda a divulgação do Senso Incomum até hoje foi feita apenas escrevendo o que pensamos, contando com algum choque e que as pessoas quisessem divulgar nossas palavras para mais gente. Assim vem funcionando: até então sem layout, sem orçamento, sem patrocinador (esperamos por vocês!).

mecenas00Por isso só podemos agradecer a vocês pelo site crescer tanto. Já fomos citados na TV e no rádio, viramos fonte da revista Time, fomos os primeiros (e às vezes únicos) a noticiar certos desenrolares de eventos históricos que mudarão o destino de um país continental no caso do impeachment, em artimanhas do STF e afins. Somos lidos, debatidos e divulgados por apresentadores de TV, pelos mais renomados jornalistas do país, por celebridades, de vereadores a candidatos à presidência. Atingimos nessa semana 30 mil curtidas em nossa página no Facebook, e mais 5 mil seguidores no Twitter. Tudo em menos de um ano no ar.

Essa é a importância de sua ajuda. Quando gostarem de algo, não apenas leiam: curtam, divulguem no Facebook, dêem um “Compartilhar” em nossa página, peçam para seus amigos divulgarem também. Só assim conseguimos sobreviver sem um departamento de marketing, sem precisar sacrificar nosso tempo em tanta coisa além de escrever.

E também não se esqueçam de contribuir com nosso Patreon, tornando-se nossos patrões virtuais mensalmente. E, atendendo a muitos pedidos, também estamos lançando o sistema de contribuição única por PayPal, para quem puder fazer sua contribuição voluntária numa tacada só.

Ou acharam que seria fácil fazer tudo isso, sem Lei Rouanet, verba de estatal e qualquer outra coisa a tolher nossa liberdade?

Muito obrigado a todos por isso e sejam bem-vindos de volta a bordo na aventura de novos descobrimentos!

Grande abraço, marujos,

A equipe do Senso Incomum

Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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