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Fake News

Qual a origem das mentiras contra Ives Gandra Filho?

Um óbvio estudo de caso sobre fake news no Brasil são as mentiras contra Ives Gandra Filho - partindo de sites como Carta Capital e DCM.

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Carta Capital - Justificando - Ives Gandra Filho

Nos últimos dias, o Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Filho, favorito para ocupar a vaga deixada por Teori Zavascki no STF, tem sido alvo de uma enxurrada de ataques. Acusações de “machismo” e “homofobia” foram divulgadas unanimemente pela mídia brasileira, baseadas em trechos recortados de um artigo jurídico de Ives Gandra.

O colunista do Senso Incomum, Taiguara Fernandes de Sousa, desmascarou a mais famosa das acusações em artigo publicado ontem (26/01), comprovando que os jornais brasileiros fizeram recortes selecionados de artigo jurídico de Ives Gandra Filho, trechos apresentados fora de seu contexto, para propagar a fake new sobre a “submissão da mulher”.

Hoje, o Senso Incomum foi mais a fundo e investigou a origem primária das matérias contra Ives Gandra.

O resultado da investigação, contudo, não surpreendeu.

O primeiro site a publicar matéria acusando Ives de defender a “submissão da mulher” foi o portal Justificando, da Revista Carta Capital, no dia 23 de janeiro:Justificando / Carta Capital - Ives Gandra Filho

Os grandes portais de notícia apenas começaram a publicar o mesmo texto nos dias seguintes, a exemplo de Folha de São Paulo e Brasil 247, em 25/01.

Curioso é que a palavra “submissão” não aparece em lugar nenhum do artigo jurídico de Ives Gandra (cujo link do trecho o próprio portal Justificando disponibiliza; o artigo completo tem 68 páginas). Além do recorte de trechos, houve a invenção de uma palavra que não está no artigo!

O site também foi a fonte primária da notícia sobre a suposta “fundamentação machista” em voto de Ives Gandra a respeito da sobrejornada de trabalho das mulheres, em matéria publicada ontem (26/01):

Justificando / Carta Capital - Ives Gandra Filho

Apenas no dia seguinte (27/01), a notícia foi replicada no UOL, também pertencente ao grupo Folha.

Segundo a plataforma de pesquisa de domínios Who.is, o site Justificando está registrado no nome de André Luiz Zanardo.

André Zanardo também se apresenta como Diretor Executivo e fundador do portal no seu perfil no LinkedIn:

André Zanardo - Linkedin

Justificando - André Zanardo LinkedIn

Em seu perfil de Facebook, em postagens públicas, Zanardo menciona a parceria com Carta Capital e a fundação do Justificando.com:

André Zanardo - Facebook - Justificando - Carta CapitalAndré Zanardo - Justificando e Carta Capital - Facebook

Numa postagem pública de Facebook, em 24/01 (um dia depois de o portal publicar a história sobre a “submissão da mulher”), André Zanardo pede aos seus seguidores que lhe contem “travessuras jurídicas” de Alexandre de Moraes e Ives Gandra Filho para um texto que está produzindo:

André Zanardo - Justificando e Carta Capital - Facebook

Em resposta a um comentário indicando como “travessura jurídica” de Ives Gandra a suposta defesa da “submissão da mulher”, André Zanardo fala que essa notícia foi um “furo” de Justificando, ironiza que Gandra Filho “deve tá feliz com nossa matéria” (sic) e conclama: vamo pra cima derrubar esses fascistas”.

André Zanardo - Justificando e Carta Capital - Facebook - Ives Gandra, fascistas

Mas quem é André Zanardo?

No perfil do LinkedIn, Zanardo menciona que foi um dos fundadores do grupo “Advogados Ativistas”:

Advogados Ativistas - André Zanardo LinkedIn

O grupo “Advogados Ativistas” era responsável pela defesa jurídica dos black blocs durante as manifestações de junho de 2013.

Em uma matéria publicada no Diário do Centro do Mundo, em 12/08/2013, Zanardo defende os black blocs: “Goste-se ou não desses grupos, eles existem e devemos entendê-los“.

André Zanardo - Diário do Centro do Mundo - blackblocs

Uma matéria da Folha de São Paulo, de 15/09/2013, informa que o grupo “Advogados Ativistas” foi responsável por redigir um manual prático para os black blocs, que orientava, entre outras coisas, sobre como andar mascarado, o que seria desacato numa reação a abordagem policial e qual tipo de crime poderia haver em quebrar alguma coisa:

Matéria da Folha sobre Advogado que oferece manual a Black BlocsMatéria da Folha sobre Advogado que oferece manual a Black Blocs

André Zanardo é um militante de esquerda bastante comprometido com sua causa. Outras postagens públicas em seu Facebook o confirmam.

No dia 13/11/2016, Zanardo fez uma postagem pública com uma foto de um jantar que contava com as presenças de dois Deputados: Paulo Teixeira e Wadih Damous. Os dois deputados são do Partido dos Trabalhadores (PT).

O petista Wadih Damous foi Presidente da OAB-RJ por dois mandatos consecutivos; hoje é Presidente o advogado Felipe Santa Cruz, com o apoio de Wadih. A entidade foi a primeira Seccional da OAB a publicar uma nota de repúdio à possível nomeação de Ives Gandra Filho, repercutida pelo portal Justificando, que afirmou que a nota foi feita após as acusações do portal.

Veja a foto publicada por Zanardo, com os deputados petistas:

Andre Zanardo com deputados no Facebook

Em outra postagem pública, em 05/12/2016, André Zanardo publicou uma foto sua com Geoffrey Robertson após uma entrevista. Robertson é advogado de Lula na ONU. Na foto está também Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula no processo da Lava-Jato.

Um dos parceiros de Zanardo no portal Justificando, o colunista Igor Leone, também publicou fotografia da ocasião em uma postagem pública no seu perfil de Facebook, em que Zanardo novamente aparece. Confira as publicações:

Andre Zanardo - Facebook

Igor Leone - Facebook

O portal de André Zanardo, portanto, é a origem primária das acusações contra Ives Gandra Filho, que vêm sendo utilizadas indiscriminadamente pelos grandes portais de mídia nos últimos dias – omitindo, contudo, sua fonte, que pode ser rastreada até o site Justificando.com.

Através das informações reunidas acima, é possível compreender a grande carga ideológica e a virulência digna de black blocs dos ataques de que Ives Gandra tem sido vítima.

Na falta de alguma mácula na biografia do candidato ao STF, a grande mídia brasileira tem se aproveitado de trechos recortados de obras e votos do Ministro, para apresentá-lo como um inimigo da sociedade.

O motivo é claro: Ives Gandra é cristão e conservador, algo que esquerdistas e black blocs jamais poderão aceitar, pois apenas aceitam a liberdade de convicção deles mesmos – a dos outros, não.

Um perfil de Ives Gandra Filho e por que ele seria um excelente Ministro do STF – um excelente Ministro para o Brasil – foi traçado pelo nosso colunista Taiguara Fernandes de Sousa, em artigo para o Senso Incomum – onde se pode entender, mais uma vez, por que a mídia esquerdista o odeia tanto.

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