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Globalismo

Chegou a Anistia Internacional pra defender os bandidos do Morumbi. Mantenha a calma e aja normalmente.

Estava demorando pra aparecer a Anistia Internacional pra defender os bandidos no Morumbi. Já os 56 mil assassinados por ano no Brasil...

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10 criminosos mortos pela polícia no Morumbi e defendidos pela Anistia Internacional

A Anistia Internacional, o órgão do globalismo mais empenhado na defesa de bandidos no mundo, que se silencia para tudo quanto é violação de “direitos humanos” promovida por criminosos e tiranos de matiz ideológico no mesmo tom de vermelho do seu, já apareceu para defender os criminosos que a polícia felizmente matou ontem no Morumbi.

A Anistia Internacional não deu um pio sobre o alarmante índice de 28 mil homicídios só no primeiro semestre de 2017: a se manter a galopante onda de violência, podemos aumentar em mais um milhar o número de mortes por ano no Brasil, um país onde bandidos matam mais do que países em guerra. Tampouco se preocupou, por exemplo, com os mais de 100 policiais mortos este ano. Mas quando a polícia livrou a sociedade de 10 bandidos, ai meu Deus, onde já se viu, tem que investigar, desse jeito onde vamos parar e qual será o futuro das criancinhas?!

De acordo com a manifestação facebookiana da Anistia Internacional, a “polícia em São Paulo, assim como em outros estados brasileiros, tem um histórico de alta letalidade em suas operações e há inúmeros casos documentados de execuções extrajudiciais e uso excessivo ou desnecessário da força letal que resultam em mortes que poderiam e deveriam ter sido evitadas e que não aconteceram em um contexto de ‘legítima defesa'”.

A Anistia Internacional não é muito costumeira em questionar se armas nas mãos da população não permitiriam uma legítima defesa melhor, mais eficaz e evitando 56 mil homicídios por ano (mais de meio milhão de assassinatos de brasileiros por década).

Nem unir lé com cré, na obviedade das obviedades ululantes, e se tocar que a polícia só é letal porque os criminosos são extremamente letais: há algum país no mundo em que a polícia seja violentíssima e a população pacífica, fora ditaduras comunistas e muçulmanas? Ambas, é claro, costumam ser relativizadas e suavizadas pela Anistia Internacional.

Bem ao contrário, ela afirma que “uma polícia que age com excessos ou na ilegalidade só contribui para o aumento da violência como um todo, alimentando uma espiral e um ciclo vicioso que coloca a todas as pessoas em risco, inclusive os policiais no exercício das suas funções”. Afinal, como se sabe, bandidos só andam armados com fuzis e agem com violência para roubar pessoas porque essa polícia malvada insiste em aparecer atirando. Se andasse com flores por aí, os bandidos certamente usariam armas de água e pediriam “com licença”.

Para a Anistia Internacional, ” é fundamental que uma investigação imparcial e exaustiva seja feita imediatamente para identificar se houve ou não uso excessivo da força ou abusos por parte dos policiais envolvidos.”

“Investigação imparcial” provavelmente conduzida por ela própria. Basta notar que os criminosos estavam armados com fuzis, coletes à prova de bala e carros blindados, para alguém com alguma capacidade de comunicação entre um neurônio e outro perceber que, quando começaram a disparar contra uma viatura do Garra, o mínimo que a polícia tinha de fazer, pelo qual existe e pelo qual pagamos seus impostos, é atirar de volta até cessar a origem dos tiros e acabar com a ameaça. A polícia cumpriu sua missão maravilhosamente bem, pelo qual deve ser elogiada e a população normal, nunca defendida pela Anistia Internacional, a agradece. Obrigado, polícia!

A entidade, pranteando copiosas lágrimas mariadorosariosas, afirmou que a “ação da polícia também não deveria ser considerada ‘um sucesso'”, porque “o papel da polícia não é matar e uma intervenção que resulte em dez pessoas mortas não pode ser considerada referência de eficiência ou sucesso da ação policial”. Ninguém perguntou pra Anistia Internacional se o papel da polícia ao tomar tiro de fuzil seja oferecer flores ou chamar pra uma rodada de kisuco e resolverem as divergências como bons cristãos.

Talvez, quem sabe, fosse mais sucesso com policiais mortos, e não bandidos: quando isso acontece, a Anistia Internacional fica mais muda do que uma geléia.

Por fim, a entidade ainda surta na batatinha: “Não podemos aceitar com naturalidade que uma ação da polícia resulte em dez pessoas mortas”. Nós não podemos aceitar com naturalidade 56 mil homicídios por ano, e precisamos lembrar que só um lado está lutando nessa guerra, assassinando covardemente, com toda a violência, o outro lado.

E conclui, em nota assinada por Jurema Werneck (tem esquerdista por aí com sobrenome Silva e Santos?): “é necessário repensar as estratégias de ação da polícia para que isso não se repita”. Nós, a população que sofre nas mãos de bandidos, pelo contrário, queremos que a polícia passe chumbo em cada desgraçado portando um fuzil para roubar pessoas inocentes.

A Anistia Internacional acha mesmo, em linguagem chic, que os bandidos usavam fuzis porque a polícia é muito truculenta, tadinhos. Não era pra enfiar na cara de famílias, crianças, usar de força, rendê-los com violência e ameaças e mantê-los em cárcere privado enquanto tomavam à ameaças contra a vida o fruto de trabalho de suas vidas. Era só porque, pobrezinhos, podiam ser surpreendidos pela “polícia de São Paulo” (porque sempre esse estado é citado como “dono” da polícia?).

Quando vir a Anistia Internacional por aí, as recomendações de segurança permanecem as mesmas: mantenha a calma, aja com naturalidade, saia de perto discretamente na primeira oportunidade e se afaste, de preferência atrás de uma autoridade responsável. O risco de bandidos saírem dos bolsos e levarem tudo o que você levou anos de trabalho para comprar sob ameaças de armas pode ser fatal.

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Flavio Morgenstern

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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