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Mentalidade esquerdista

Quem está usando a morte como palanque?

Independente do espectro político, não existe nada mais degradante do que a exploração política da morte de uma pessoa, principalmente quando se trata de uma criança.

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lula - okamoto - fegali - morte

O Brasil precisa de muitas coisas. Mas antes de tudo, precisa “aprender a ser gente” (como diria Roberto Carlos). Independente do espectro político, não existe nada mais degradante do que a exploração politica da morte de uma pessoa, principalmente quando se trata de uma criança.

Basta dar uma olhada no Twitter nos últimos dias para constatar que a miséria brasileira vai muito além de ideologias políticas. Porém, choca mais ainda o fato de que muitas vezes essa postura vem, não de haters isolados – que existem no mundo todo – mas de líderes partidários e até mesmo dos seus parentes.

A comunista Jandira Fengali, por exemplo, não perdeu a oportunidade de transformar o falecimento do neto do ex-presidente Lula em um ato de desagravo:

O próprio ex-presidente Lula, não deixou de tocar no tema político ao dizer:

“ vou provar a minha inocência e quando eu for para o céu, eu vou levando o meu diploma de inocente”.

“Vou provar quem é ladrão neste país e quem não é. Quem me condenou não pode olhar nos olhos dos netos como eu olhava para você”

Paulo Okamoto, presidente do instituto Lula, se referiu à cerimônia nos seguintes termos: “Nem todos vocês que vieram vão poder participar da FESTA”, conforme vídeo abaixo:

Não foi a primeira vez que Lula e seus companheiros fizeram esse tipo de papel. No enterro de sua esposa, Marisa Letícia, aconteceu o mesmo, assim como no funeral de seu irmão. Esperava-se que desta vez, pela proximidade com o neto e pelo fato de ser uma morte trágica e traumática até para pessoas que não são do círculo familiar, as coisas fossem diferentes. Não foram.

Quando se perde a consciência do próprio fim, perde-se a própria humanidade. Quando vida de um menino se torna um meio para um projeto de poder político, é sinal de que a miséria já tomou conta dessas pobres almas de um jeito irreversível. Que Deus tenha misericórdia desse menino. Que tenha misericórdia de todos que o estão usando como instrumento político. E que o Brasil possa aprender a colocar cada coisa em seu devido lugar. Há a hora de atacar, há a hora de criticar, há a hora de silenciar e há a hora de rezarmos pelos que se foram e chorarmos juntos pelo que temos em comum: nossa finitude.

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Assuntos:
Andre Assi Barreto

Professor de Filosofia e História das redes pública e privada de São Paulo. Aluno do professor Olavo de Carvalho. Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Também trabalha com revisão, tradução e palestras. Autor de "Saul Alinsky e a Anatomia do Mal" (ed. Armada, 2019)

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