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Jornalistas ficam chocados com violência em filme do RAMBO! R-A-M-B-O

Folha e Omelete trucidam jornalismo em matérias estúpidas sobre filme do Rambo

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Rambo-contra-imprensa

A morte cerebral da mídia oficial é fato consumado. Karl Kraus, sempre ele, dizia que a relação dos jornais com a vida é mais ou menos a mesma das cartomantes com a metafísica. Tudo o que se vê nos jornalões é um absoluto descompasso com a realidade.

O alvo agora é Rambo. Qualquer criança de 5 anos sabe o que esperar de um filme desse. Mas para os justiceiros sociais das redações, Rambo 5 – até o fim, fere o que Foucault ensinou sobre a relação entre o patrulhamento e a punição. Rambo representa o estado punitivo que se alimenta da violência e os traficantes,  esses lindinhos que queimam pessoas vivas dentro de pneus, os revolucionários que questionam o status quo.

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A Folha começa a matéria explicando ao seu “leitor” o que o verbo trucidar significa. Imagina-se a alegria do “jornalista” ao ter, num espasmo poético, encontrado tal verbo. Daí a necessidade da explicação. Tirando esse brilho didático, todo o resto é retórica vazia de quem se ressente que o mundo não obedeça seus desejos binários.

Esperar que Rambo ensine como se deve lidar eticamente com bandidos é o mesmo que esperar que a imprensa oficial lide eticamente com a notícia. A turma do DCE da redação da Folha ficou chocada com a forma que Rambo trata as vítimas da sociedade, trucidando-as.

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Já o Omelete, comparando Machado de Assis e Silvester Stallone, diz que Rambo está a serviço do reacionarismo (sic). É um lamaçal de boçalidades. Espera-se que Rambo tenha uma justa medida da fronteira EUA-México e que faça uma análise geopolítica da relação entre os dois países, cogitando, talvez,  juntar-se aos traficantes contra o verdadeiro inimigo: Donald Trump.

 

De tudo isso extrai-se que o filme deve ser bom.

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Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

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