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Invasão vertical dos bárbaros

Joice e Frota intimidam perfis no Twitter e criam listas de desafetos

Perseguições de políticos bananas, que não aguentam memes e piadas, contra indivíduos comuns viram hábito no Congresso

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frota-joice

Karl Kraus disse que “o diabo é um otimista se acredita que pode tornar os seres humanos piores do que são”. Nosso congresso e nossa suprema corte são a confirmação definitiva desta sentença. Exceções há, claro. É nelas que devemos nos inspirar. E há, sem dúvida, quem saiba que é ruim, mas se esforce um pouco a fim de não transparecer essa ruindade. Afinal, é no confronto com nossa própria maldade que nos fazemos humanos.

A piada é a arma mais letal da democracia. E é o pesadelo de políticos demagogos e oportunistas. Ben Lewis, no livro Foi-se o Martelo, disse que ouviu diversas vezes que foi o humor que derrubou o comunismo. 

O Brasil é um caso curioso. Aqui nem os humoristas gostam de fazer piada e entram em colapso nervoso quando são alvos dela. É o humor trans. Eu me identifico como humorista e você tem a obrigação de rir do que eu digo. 

São personalidades de cera que se deformam a medida que vão sendo confrontados.

Mente frágeis possuem códigos fáceis de decifrar e psicopatas, mesmo que ajam sob efeito de doritos e muita masturbação, acabam induzindo essas mentes a trabalhar para eles. Foi assim com vários dos que haviam se posicionado, nas eleições, a favor das pautas do governo atual e que, sem motivo aparente, mudaram da água para a lama. 

Cederam ao diabinho no ombro. 

Na política, dois se destacam nas intimidações e ameaças: Alexandre Frota e Joice Hasselmann.

Frota tem a substância intelectual de um playmobil. Nada do que pense ou diga, coisas que faz sem que pensamento e fala se relacionem, presta. É o que dizem: a forma de um crânio não indica muito o que se passa dentro dele. E dentro do crânio da nossa Cicciolina do Xingu, deduz-se, não se passa muita coisa. Num ponto Frota é melhor do que os velhos políticos: é simplório. Não é preciso desmascará-lo. Age por impulso, como uma velha cotovia. 


Joice é caso semelhante. Quem não se lembra com cara de quem vai golfar cinco horas seguidas, da moçoila corpulenta chamando Bolsonaro de zero um? A vaidade desmedida está desenhada nas feições exageradas de Joice. A entonação afetada, a postura magnânima (que cada vez mais encurva pelo excesso de células adiposas), são indicações de um ego hipertrofiado. Logo, Joice diz que foi ela quem ajudou Deus a trazer terra pra fazer o mundo. 

 


Um pouco de autoconhecimento resolveria a parada em ambos os casos.

Figuras públicas acham que podem intimidar e calar quem ouse pensar diferente. Chegaram ao cúmulo de travestir uma CPMI, que seria sobre a disseminação de notícias falsas, mas que está perseguindo as vozes conservadoras que ganharam muito espaço e relevância no debate.

Ou sabe-se se alguém da Folha – que espalhou a maior das fake news, dizendo que a eleição estava sendo manipulada pelo WhatsApp – foi convocado para depor? Pior: a moça que fez essa fake news foi convidada para… perseguir desafetos.


Pessoas comuns que fazem piadas, memes e emitem opiniões são os verdadeiros alvos desta CPMI. É a liberdade de expressão que está em jogo. As intenções autoritárias desses políticos e personalidades de cera ficam claras a cada tuíte expondo alguém. 

É uma qualidade invejável não escapar à repugnância imediata de um político, especialmente no caso de políticos do PT, PSOL e verdadeiras entidades da vergonha alheia como Frota e Joice, mas isso tem sempre que ficar no âmbito da antipatia e não da criminologia. E também é importante ter o domínio das “rédeas rutilantes” do pensamento. “Sem freio não é decerto a casa ou celeiro, mas sim a boca, que conduz à desgraça”, diz Eurípedes.

É preciso ampliar a liberdade de expressão e também a sensatez. Um e outro faltam em abundância aqui.

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Assuntos:
Carlos de Freitas

Carlos de Freitas é o pseudônimo de Carlos de Freitas, redator e escritor (embora nunca tenha publicado uma oração coordenada assindética conclusiva). Diretor do núcleo de projetos culturais da Panela Produtora e editor do Senso Incomum. Cutuca as pessoas pelas costas e depois finge que não foi ele. Contraiu malária numa viagem que fez aos Alpes Suiços. Não fuma. Twitter: @CFreitasR

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