Digite para buscar

Venceu

Vitória de Boris Johnson foi contra anti-semitismo, socialismo e populismo

Mídia ignora racismo desabrido de candidato da extrema-esquerda Jeremy Corbyn, além de sua militância comunista desabrida

Compartilhar
Boris Jonhson, Eleição, venceu, Corbyn

Líder conservador Boris Johnson venceu com números históricos e colocou o marxista antissemita Jeremy Corbyn para correr. Hoje pela manhã (13), foram divulgados  os resultados finais das eleições no Reino Unido de ontem (12/12):

,

,

 

Conforme é possível ver no mapa, foi o que em inglês eles chamam de “landslide”, isto é, o mapa fora varrido (com exceção da Escócia, que quase nunca votou nos conservadores mesmo). Em podcast gravado em 05/12 e que foi ao ar em 11/12, previ que os conservadores venceriam com uma margem entre 8 e 10% de vantagem, errei suavemente para menos, a vantagem conservadora foi de cerca de 11,5%.

A análise baseava-se não apenas nas pesquisas, que davam vantagem aos conservadores de 6% (que geraria outro parlamento misto) até 14% (landslide conservador), ainda assim, a mídia nacional e internacional vendia a narrativa que os conservadores perderam força nas últimas duas semanas de campanha.

Na manhã de ontem, numa clara tentativa de wishful thinking à moda “Ciro já virou”, millennials tentaram encampar a tag “YouthQuake” – terremoto jovem – dizendo que muitos jovens teriam saído para votar em Corbyn e que isso poderia ocasionar até a uma vitória trabalhista (as evidências até ali eram apenas fotos de locais de votação).

A análise também se baseava em outros dois fatores preponderantes: as pessoas, cansadas da novela Brexit, votaram no candidato cujo slogan era “Get Brexit Done”. Além de cansadas do pastelão mexicano, estavam insatisfeitas com o antigo parlamento eurofílico e mesmo parte dos eleitores que votaram pela permanência em 2016 queriam que o resultado do referendo fosse respeitado, coisa absolutamente natural em condições normais de temperatura e pressão democráticas: os perdedores consentem.

Ainda, no Reino Unido, como nos EUA em 2016 e no Brasil em 2018, com todas as campanhas de assassinato de reputação de conservadores e simpatizantes de agendas conservadoras, há o fenômeno do eleitor conservador envergonhado e silencioso, indetectável pelas pesquisas, que podem apenas mal e porcamente estimar sua quantidade. Esses três fatores somados me convenciam da vitória conservadora. Evidentemente que foi um fator considerável a deplorável liderança de Jeremy Corbyn, que já expusemos aqui no Senso Incomum.

A certeza do prognóstico veio quando, já no começo da noite aqui no Brasil, a libra esterlina que vinha em suave queda nos momentos anteriores do dia, subiu 2%. Isso não poderia ser indicativo da aproximação de Jeremy Corbyn do governo da Rainha. Tendência confirmada hoje: a libra se fortaleceu e os mercados se agitaram positivamente – refutando, mais uma vez, o trombetismo apocalíptico dos globalistas:

 

Por volta das 22:00 de Brasília, 19:00 de Londres, foram divulgadas as pesquisas de boca de urna. Elas apontavam a vitória esmagadora dos conservadores. Previam 368 assentos, 50 a mais que a última eleição. O resultado real confirmou 365 assentos, dando maioria confortável e garantindo no mínimo 5 anos de governo para Boris Johnson (o Reino Unido passou por 4 eleições nos últimos 9 anos). Trabalhistas, com sua plataforma confusa sobre o Brexit, estatólatra e progressista, perderam cerca de 60 assentos. Uma vez que o resultado de boca de urna foi divulgado e se confirmado ao longo da madrugada, os tradicionais especialistas e outros polemistas de esquerda começaram a chorar.

Jornalista brasileiro que acha que a Europa se resume a intercâmbio de 3 meses na Irlanda ou na Inglaterra até meteu uma “segunda temporada” para o fim do mundo:

Mas note-se os fatos e ao pós-eleição:

Boris Johnson possui agora a maioria desejada por Theresa May e 2017 e tem caminho aberto para a aprovação de seu acordo sobre o Brexit no parlamento. O Partido Trabalhista perde sua liderança e deve ficar confinado à condição de força marginal nesse e no próximo pleito, pois além de perder unidades eleitorais historicamente trabalhistas para os conservadores, foi definitivamente varrido da Escócia.

Comentaristas falaram durante a campanha de um “Muro Vermelho”, os assentos do norte da Inglaterra que votam em trabalhistas desde antes da Segunda Guerra Mundial. Com o resultado se desenhando, ficou provado que, tal como o muro de Berlim, a classe trabalhadora britânica rechaçou o socialismo. O proletariado se revoltou, mas não do jeito que um marxista considera atraente.

Vale chamar a atenção também que, a eleição de ontem feriu gravemente o partido Liberal-Democrata. Sua líder, Jo Swinson, perdeu seu assento e também deixou a liderança do partido. A plataforma do partido envolvia arruinar o Brexit de forma ainda mais avassaladora que trabalhistas: em vez de segundo referendo, queriam anular o Artigo 50 do Tratado de Lisboa – legislação que versa sobre a saída da União Europeia, implementada pelo Parlamento. Sem segundo referendo, a proposta era simplesmente fingir que a decisão de 2016 não existiu.

A maior pedra no sapato de Johnson deve ser mesmo a unidade do Reino. O partido nacionalista escocês também teve resultados bastante positivos e certamente irá tentar forçar o máximo possível um novo referendo a respeito da saída da Escócia do Reino Unido. Boris Johnson afirma que não concederá essa chance aos “nacionalistas” escoceses, já que o pleito precisa ser aprovado por Westminster.

Seguirá também, a partir de agora, o desafio de negociar os novos acordos comerciais com países da União Europeia e de qualquer outro lugar do mundo. Sem a sombra da incerteza sobre a saída do bloco e sem a possibilidade de uma saída sem acordo, que causaria mais atrito. Donald Trump não escondeu sua ansiedade em acelerar os acordos:

O acordo será aprovado no Parlamento inglês e ratificado pelo Parlamento Europeu em Bruxelas. Boris Johnson também prometeu implementar um sistema de imigração semelhante ao australiano, que se baseia em meritocracia e pontos, tornando os imigrantes mais qualificados, em áreas da economia mais carentes de profissionais, bem-vindos no país. Vale lembrar que imigração foi um tópico bastante relevante e determinante para o referendo de 2016 e as eleições de ontem.

Por fim, muitos devem ter ouvido ou lido, ao longo dos últimos três anos, que o povo britânico teria, de alguma maneira se arrependido de ter votado pela saída. Mas como também foi alertado pelo Senso Incomum, o problema não era a mudança de pensamento das pessoas, mas a resistência de parlamentares que nunca quiseram sair da União Europeia e que desprezavam a decisão das pessoas – o Muro Vermelho já havia votado pela saída, note-se. A classe política abandonou as pessoas, inclusive os mais frágeis – que alegam ser defensores – e pagaram o preço. Uma pequena cronologia ajuda a compreender a questão:

Em 2014, o eurocético e liderado por Nigel Farage UKIP vence eleições para o parlamento europeu.

Em 2015, conservadores foram eleitos com base em um manifesto que prometia referendo para sair da União Europeia.

Em 2016: referendo. As pessoas votam para sair, em voto dividido, mas contra as previsões e contra a campanha do então governo de David Cameron, que militou pela permanência.

Em 2017: 80% dos votos se destinam a partidos que prometem cumprir o resultado do referendo (trabalhistas e conservadores prometiam respeitar o voto).

2019: Brexit Party vence as eleições para o parlamento europeu com um terço do voto. 2019: conservadores, sob a batura de Boris Johnson, vencem em landslide com slogan de campanha “get Brexit done”.

O que aconteceu, como os mais perspicazes não deixaram de notar, foi que o Brexit venceu de novo, o “leave” venceu de novo.

Discurso de vitória do primeiro-ministro Boris Johnson:

————–

Saiba o que está por trás da CPMI das Fake News, o tema mais urgente do ano, em nossa nossa revista.

O Senso Incomum agora tem uma livraria! Confira livros com até 55% de desconto exclusivo para nossos ouvintes aqui

Faça o melhor currículo para arrumar um emprego e uma promoção com a CVpraVC

Compre sua camiseta, caneca e quadro do Senso Incomum em nossa loja na Vista Direita

Conheça a loja Marbella Infantil de roupas para seus pequenos (também no Instagram)

Faça os cursos sobre linguagem e sobre Eric Voegelin (e muitos outros) no Instituto Borborema

Faça gestão de resíduos da sua empresa com a Trashin

Siga-nos no YouTube Instagram

Assuntos:
Andre Assi Barreto

Professor de Filosofia e História das redes pública e privada de São Paulo. Aluno do professor Olavo de Carvalho. Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Também trabalha com revisão, tradução e palestras. Autor de "Saul Alinsky e a Anatomia do Mal" (ed. Armada, 2019)

  • 1
plugins premium WordPress