Em artigo na Folha, professor propõe abertamente um golpe parlamentar contra Bolsonaro
Artigo de Marcos Nobre afirma que isolar "presidente autoritário" é única maneira de evitar o coronavírus e salvar a democracia
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O pesquisador e professor de filosofia da Unicamp, Marcos Nobre, escreveu um artigo para a Folha de S. Paulo, ontem, dia 18, afirmando que a única solução para restabelecer a ordem democrática em meio a pandemia do coronavírus é “isolar o presidente e constituir um núcleo de racionalidade com caráter de união nacional”.
O “filósofo” argumenta que Bolsonaro é um parasita político, com espirito autoritário e ambições ditatoriais. A democracia brasileira, diz Nobre, se mantém a custa de alguns “núcleos de racionalidade que têm operado até hoje nos bastidores”.
O professor recomenda que esses sujeitos racionais, prudentes e sofisticados, tomem o poder e conduzam o pais:
“O que ainda existir de racional e de institucional no Planalto precisa ignorar Bolsonaro e se articular com outras instituições e forças políticas fora do alcance dos poderes da Presidência da República para elaborar e implementar um plano de emergência eficaz para os próximos meses”, diz Nobre
Não contente em querer tirar o presidente do cargo, Marcos Nobre vai além: “É preciso isolar Bolsonaro, impedi-lo de continuar a ameaçar nossa segurança e nosso bem-estar”.
O professor diz que a retirada de Bolsonaro do poder executivo não pode ser via impeachment, mas por algum meio que ele não quis revelar. De qualquer forma, Marcos Nobre afirma que é apenas para “isolar [Bolsonaro] enquanto durar a crise atual”.
Em seguida, no entanto, afirma que Bolsonaro não pode continuar no poder mesmo após a crise, pois “o plano autoritário de Bolsonaro” pode acabar com a democracia: “Não podemos permitir que um radical atentado à democracia venha se somar à gravíssima emergência sanitária”.
Por fim, o professor arremata o texto com uma única solução para Bolsonaro:
“Para superar a crise da maneira menos dolorosa possível é preciso colocar Bolsonaro em quarentena política.”
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