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Refugiada chinesa: “O comunismo se infiltrou na América e no mundo”

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Antes de se refugiar no Canadá em 2019, a chinesa Chen Yinghua, 49, sofreu literalmente na pele o punho de ferro do governo ditatorial chinês.

De 2003 a 2013, Yinghua foi presa ilegalmente por três vezes e torturada por causa de sua fé. Ela descreve sua experiência como uma descida ao inferno.

Em depoimento ao site de notícias Epoch Times, Chen conta que se considera uma sortuda, pois muitas mulheres como ela sofreram muito mais nas mãos do Partido Comunista Chinês (PCCh).

Yinghua disse que, por ter vivenciado as ações de um estado totalitário, onde visões divergentes são suprimidas ou canceladas, está notando ações semelhantes surgindo em toda a América do Norte, e que espera que o mundo desperte em breve para o verdadeiro objetivo do comunismo: “governar toda a humanidade e, eventualmente, destruí-la”.

“Quero compartilhar minha experiência de vida real com aqueles que ainda têm ilusões sobre o comunismo por total ignorância. Com aqueles que estão entorpecidos e indiferentes [à intenção de] destruição de Hong Kong, dos Estados Unidos e até do mundo pelo PCCh; e com agentes estrangeiros que, por interesses pessoais, são atraídos pelo governo chinês para serem cúmplices na destruição da sociedade ocidental.”

“É a vontade de Deus dizer a verdade sobre o comunismo e sobre aqueles que têm sido perseguidos por ele. Isso é salvar a humanidade.”

Até o ano 2000, Chen Yinghua, mãe de dois filhos, levava uma vida comum ajudando o marido em uma pequena empresa de consertos elétricos. Naquela época, o casal achava que coisas como repressão política e tortura eram apenas rumores obscuros, não relacionados a eles.

Mas as coisas mudaram quando ela começou a praticar o Falun Gong – uma antiga prática espiritual da cultura tradicional chinesa com ensinamentos baseados em princípios fundamentais como verdade, compaixão e tolerância – e passou a integrar a lista negra do PCCh como “inimiga do Estado.”

O Falung Gong é muito popular na China e, hoje, é praticado por cerca 100 milhões de pessoas em todo o mundo. Porém, desde 1999, o governo oficialmente ateu do PCCh vêm perseguido os seguidores da prática, prendendo e matando dezenas de milhares de adeptos.

Yinghua foi presa pela primeira vez em 2003 pelo “crime” de distribuição de materiais informativos sobre Falun Gong. Segundo ela, nenhum mandado é necessário para a polícia entrar na casa de um praticante, nem acusações para detê-lo – a posse de materiais do Falun Gong é a principal “prova” que pode levar a sentenças de prisão de vários anos. Ela foi torturada no cárcere antes de ser liberada algum tempo depois.

Sua segunda prisão foi em 2013 e seguiu o mesmo ritual:

“A polícia colocou um saco preto na minha cabeça”, lembra ela. “Não sei se eles estavam preocupados que eu fosse reconhecida ou iria reconhecê-los. Eu fui então colocada no veículo. Eu gritei.”

Chen foi levada para o Centro de Detenção de Nanjing, onde foi novamente torturada antes de ser libertada.

Sua terceira prisão, em 2014, foi a mais traumática e resultou em uma pena de quatro anos na Prisão Feminina de Hebei, na cidade de Shijiazhuang.

Durante essa temporada, Yinghua fez greve de fome para protestar contra sua prisão ilegal. Como resultado, foi alimentada à força várias vezes. Ela também conta ter sido amarrada a um instrumento de tortura chamado “banco de tigre”, onde teve tubos enfiados em seu nariz, causando sangramento e vômitos.

Outras torturas de rotina incluíam privação de sono, não usar banheiro ou tomar banho. Outros prisioneiros eram coagidos a sufocá-la até deixá-la inconsciente, ou bater sua cabeça contra a parede, entre outras coisas.

“Nenhuma das torturas poderia me mudar. O que realmente destruiu minha força foram os oficiais dificultando as coisas para outros prisioneiros que simpatizavam comigo. Um prisioneiro foi repreendido e punido por me enviar dois trevos da sorte para tentar me confortar.”

Ao ouvir companheiros de cela serem torturados pelos corredores da prisão por sua causa, Yinghua sucumbiu e assinou a declaração de garantia para não mais praticar o Falun Gong – um ato que ela descreve como uma forma de morte espiritual.

“Naquele momento, realmente senti que uma parte de mim estava morrendo. Minha mente parou de reagir e comecei a parecer um cadáver ambulante.”

“Estar presa por quatro anos me fez experimentar a escuridão como nunca antes”, disse ela.

Apesar de tudo o que passou, Chen se considera uma pessoa de sorte – seus parentes, incluindo sua mãe e seu filho pequeno, conseguiram viajar para o exterior e buscar ajuda de autoridades nos Estados Unidos e no Canadá para exercerem pressão política sobre o governo Chinês por sua prisão ilegal.

Ela acredita que, com as denúncias, o PCCh – receoso de arranhar a imagem do governo perante a comunidade global – recuou e a libertou. Mas, alerta Chen, a grande maioria dos prisioneiros de fé chineses carece de apoio internacional e sofre os horrores da tortura e até a morte.

Após sua libertação, Yinghua obteve um visto e viajou para o Canadá em 2019 – tornando-se refugiada. Hoje ela vive com sua família em uma casa em Calgary, Canadá.

Yinghua diz que sua experiência – de ser perseguida por praticar sua fé – deve soar como um alarme geral sobre o que pode acontecer na América e no Ocidente.

“Socialismo e comunismo são uma farsa. Mudanças socialistas podem acontecer a qualquer momento. E [se não houver resistência] os bondosos americanos e canadenses perderão suas coisas mais preciosas – o livre arbítrio.

“O PCCh se infiltrou sutilmente em todas as áreas-chave da sociedade americana e canadense por décadas.”


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Luigi Marnoto

Luigi Marnoto é cozinheiro e só não foi guia de cego e bombeiro. Atualmente escreve no Senso em troca de uns caraminguas. É pai e avô quase exemplar e campeão de porrinha.

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