Dilma ameaça se candidatar ao Senado por Minas Gerais
Decisão confirma rompimento entre PT e MDB no Estado após longa novela
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Após meses de especulação sobre sua candidatura em 2018, Dilma Rousseff (PT) enfim anunciou que vai tentar uma vaga de senadora por Minas Gerais. A declaração foi feita na noite desta quinta-feira (28).
A decisão dependia de uma negociação entre o PT e o MDB, aliados há muito tempo no Estado. O presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Adalclever Lopes, foi um dos mais fiéis aliados do governador Fernando Pimentel durante seu mandato.
Já o vice-governador Antônio Andrade (também do MDB) teve comportamento diferente. Em 2016, depois que Pimentel foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela Operação Acrônimo, Andrade declarou-se “pronto” para assumir o cargo caso o governador saísse. Em maio de 2017, Andrade rompeu publicamente com o governo Pimentel.
Andrade, então, passou a advogar por uma separação entre MDB e PT nas eleições de 2018.
A candidatura de Dilma ao Senado passou a ser ponto-chave nessa questão. O MDB acreditava que o PT estava sendo muito fominha, e, em troca do apoio à reeleição de Pimentel, deveria apoiar ao Senado candidatos indicados pelo MDB, como o próprio Adalclever. O PT insistiu em Dilma.
Pimentel e o MDB chegaram a ensaiar reaproximações por interesses eleitorais. Até o lançamento da pré-candidatura de Lula, realizado no começo deste mês em Contagem (MG), não estava definido se PT e MDB estariam no mesmo palanque para a sucessão de Pimentel.
Não custa lembrar que Dilma nem deveria ser candidata, a menos que se tenha um entendimento bem esquisito da palavra “com” neste trecho do Artigo 52 da Constituição:
(…) a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
Ao sofrer impeachment em 1992, Fernando Collor perdeu os direitos políticos por oito anos. Só voltou a se candidatar em 2000, quando tentou ser prefeito de São Paulo. A candidatura foi cassada pelo TSE. Sabem por quê? Porque a decisão do Senado impedia Collor de exercer função pública até 29 de dezembro de 2000 – antes, atenção, da data de posse do prefeito.
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