As manifestações do dia 26 não têm nada de autoritárias

Há menos de uma semana, a esquerda, em peso, usou a pauta da educação para ressuscitar seus antigos fetiches, numa manifestação. Fez isso num dia de semana, como é de costume com quem não bate ponte, causando todo tipo de transtorno. Os palpiteiros do apocalipse não abriram a boca e, como cordeirinhos bem adestrados, embora não tenham endossado o protesto, tampouco o criticaram.

ÔNIBUS É INCENDIADO NO RJ

O protesto pela educação no RJ teve confusão entre manifestantes e policiais, e um ônibus foi incendiado na região central. Bombeiros só conseguiram apagar o fogo após o veículo ficar completamente destruído

🎥 @radiobandnewsfm pic.twitter.com/CIbWck0Jvn

— UOL Notícias (@UOLNoticias) 15 de maio de 2019

Pervertendo a realidade, como cabe sempre aos autoritários, analistas da isentosfera passaram a chamar quem vai manifestar seu apoio ao governo Bolsonaro de golpista (que catarralhada que essa gente consome?). O MBL, antes um promissor grupo de garotos, em uma de suas lives, chegou a dizer que Bolsonaro teria duas saídas: renunciar ou suicidar-se (mas nem droga afeta tanto o centro cognitivo de um indivíduo).

Paulo Briguet em seu twitter perguntou:

1. Toda a esquerda, todo o Centrão, toda a direita consentida, toda a mídia, todas as universidades, todo o sistema.
2. O PR @jairbolsonaro, um punhado de ministros, alguns congressistas – e 60 MILHÕES DE BRASILEIROS.
De que lado você está: 1 ou 2?

— Paulo A. Briguet (@PauloBriguet) 20 de maio de 2019

Para dar-se conta de como as coisas estão basta ver como a mídia, notadamente esquerdista, trata a ala militar no governo. A aproximação com os militares demonstra que para a esquerda só o que interessa é o poder, não importam as alianças.

Mensalões e petrolões também demonstraram, mas para uma ala da nossa classe falante emergente, quem tem dado mostras de um profundo autoritarismo é o presidente Bolsonaro. Acusam as tias do whatsapp de formar seitas, os milhões de eleitores que ainda acreditam no governo, enganados ou não, são chamados de milicianos bolsonaristas, e por aí vai.

Nesse sentido, Bolsonaro é, desde a fundação da república, o presidente menos autoritário que tivemos. Chamar de golpista quem vai a uma manifestação a favor do governo beira a neurose.

A pauta das manifestações são para que as reformas do governo sejam executadas sem qualquer troca de vantagens política para isso: pacote anti-crime, de Sérgio Moro e reforma da Previdência, de Paulo Guedes. Imaginar que a pauta é o fechamento do congresso e do STF é a tara lunática de quem perverteu seu caráter em troca de um prato de lentilhas.

Sabem por que querem ir às ruas? Por causa de vcs, q inventam todo dia uma escalada fascista (numa democracia plena), q aderiram à resistência de auditório e não dão 1 palavra sobre MP da Liberdade Econômica ou qq das ações positivas. O protesto é contra vcs, os cafetões da crise

— Guilherme Fiuza (@GFiuza_Oficial) 20 de maio de 2019

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