Quarentena faz merendeiros e cuidadores serem demitidos em SP
Enquanto jornalistas defendem home office com vinho e bolinho de bacalhau, quem cuida dos pobres perde o emprego
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Na segunda-feira da semana passada, o secretário de educação Rossieli Soares determinou a suspensão de todos os contratos de empresas terceirizadas: serviço de transporte de alunos com ou sem deficiência, serviço de preparo e distribuição de refeições e serviços de apoio a estudantes que tenham limitações motoras, de acordo com a Folha de S. Paulo.
Nadir Francisca da Silva, 57 anos, merendeira há seis anos, disse ter ficado surpresa com a demissão e esperava um acordo coletivo.
Sem dinheiro e apenas contando com a magra aposentadoria do marido, diz que tenta conseguir um outro emprego, mas está tudo fechado:
“Além do salário, eu perdi também a cesta básica e a de produtos de limpeza que recebia todo mês da empresa.”
O secretário Rossieli Soares disse que não havia pedido as demissões, mas a antecipação de férias coletivas:
“Não temos relação trabalhista direta com esses funcionários, mas temos muita preocupação”, respondeu o secretário à Folha.
Nadir disse que apesar do trabalho cansativo, de ter que preparar mais de 500 refeições por dia, vai sentir falta do carinho das crianças:
“Com o tempo a gente aprende o que eles mais gostam de comer, quais temperos, a quantidade. Vou sentir falta de ouvir as crianças me pedindo comida.”
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